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Em praia selvagem de Búzios, nade com tartaruga
Na Brava, como o nome diz, ondas são fortes e atraem turma do surfe
Naturistas também têm vez na cidade; na Olho de Boi, visitante escolhe se quer usar alguma roupa ou não
Não é papo de pescador nem de vendedor de passeio querendo enganar turista. Em Búzios, é possível nadar ao lado de tartarugas marinhas.
É claro que, para merecer essa dádiva, é preciso algum esforço. Em um ponto extremo da península, em área de mar aberto, fica uma das praias mais procuradas pelos surfistas: a ampla Brava.
Como o próprio nome sugere, Brava é uma praia de ondas fortes, mais selvagem. Ela se divide em dois trechos: à esquerda, há restaurantes e quiosques, com vista para o mar; à direita, pedras e mar bem mais tranquilo.
É de lá que parte uma trilha de cerca de 20 minutos rumo à praia Olho de Boi, esta um reduto de naturistas.
Após subir o morro que divide as duas praias, é possível avistar uma faixa de areia pequenina, em meio a um azul absurdo, destacando-se entre o verde dos morros e o cinza das pedras. Ali, sim, a natureza (ainda) permanece completamente intocada.
Logo na chegada à Olho de Boi, há uma prancha de surfe cravada na areia, na qual se lê: "Por favor, tire a roupa". Há quem acate a recomendação, há quem prefira não levá-la assim tão a sério.
Quem caminhar um bocadinho mais passará pela única barraca da praia, que serve de base aos banhistas.
Ela é comandada pelo dono e seu assistente, que transitam sem roupa por ali. O esforço físico para chegar lá todos os dias com 30 kg de mercadorias nas costas tem seu preço: uma garrafinha de água mineral custa R$ 15; uma caipirinha não sai por menos de R$ 40.
A praia é frequentada por muitos estrangeiros, homens e mulheres, e também por nativos e turistas brasileiros. Um corredor de areia à direita dá acesso ao mar, mas é no lado esquerdo, coberto por pedras, que as tartarugas deslizam incólumes no azul.
'CORPÕES E AÇAÍ'
Mas existem opções, digamos, mais convencionais entre as 23 praias que circundam a península de Búzios. De nomes sugestivos, Azeda e Azedinha, por exemplo, podem ser classificadas como escolhas mais óbvias, porém indispensáveis a quem visita o balneário fluminense.
Com suas águas verdes e transparentes, essas duas praias são perfeitas para banho e snorkeling. E ainda ficam pertinho do burburinho, ou seja, da Orla Bardot e da rua das Pedras, no centro.
Ambas estão localizadas em uma ampla área de preservação ambiental e são contornadas por paredões rochosos de vegetação abundante.
Já a praia João Fernandes vive apinhada de gente --é a escolha de muitos estrangeiros, principalmente argentinos, que se hospedam nos grandes hotéis e condomínios de luxo por ali. De águas calmas, é uma praia perfeita para mergulhar com snorkel e passear de caiaque.
Do outro lado da península, está Manguinhos, onde ver o pôr do sol é um programa concorrido, com direito a shows de estripulias da garotada local, que se joga no mar, à espera da chegada dos pescadores com suas "recompensas". Seu complexo gastronômico, Porto da Barra, rivaliza com o corredor de bares e restaurantes da rua das Pedras. É bom chegar antes das 17h e esticar até a noite.
Na praia de Geribá, as "espécies" são outras: atores "globais" e pretendentes a holofotes preenchem suas areias. Ali é o "point" do pessoal que pratica bodyboard, futevôlei, surfe e windsurfe, no melhor estilo "corpões e açaí".
Famílias com crianças costumam aproveitar o lado esquerdo da praia, onde o mar é mais calmo. Em dias de muito burburinho, a melhor opção pode ser a companhia das tartarugas marinhas.
