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Para ver água saindo do chão, é preciso acordar às 4h
Sol reduz atividade dos gêiseres do Tatio
Às 4h toca o despertador. Com várias peças de roupa sobrepostas --cachecol, casaco e gorro são itens obrigatórios--, é hora de pegar a estrada (sem café da manhã) e subir aos 4.300 m de altitude. O ideal é chegar ao gêiseres do Tatio, a 90 km de San Pedro, ainda antes do amanhecer --o frio e a pouca iluminação potencializam o espetáculo.
Na cordilheira dos Andes, a mais de 4.000 m de altitude, visita-se o último nível ecológico em que há vida vegetal possível --a 4.500 m, a pressão atmosférica já não permite isso. Nesse ambiente extremo, dezenas de gêiseres atiram água aquecida por lavas vulcânicas em jatos encobrindo de vapor a paisagem.
A fome e o frio (cerca de 0°C) tornam ainda mais corajosa a família chilena, vinda de Valparaíso, mergulhada em uma das quentíssimas piscinas naturais. "Só vamos sair da água quando o Sol estiver brilhando", dizem.
Depois que turistas se ambientam com a altitude e que o Sol já aparece, o passeio é concluído com um café da manhã --não consumido antes para evitar enjoos devido à altitude. Pães, patês e leite com chocolate (aquecido na água do gêiser) são oferecidos pelos guias. A dica é ir ao Tatio quando a altitude de San Pedro já não for mais um problema --lá pelo terceiro ou quarto dia de viagem. (MF)