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Com vinda do verão, começam festivais na Europa e nos EUA

Brasileiros marcam viagem de acordo com calendário de shows no hemisfério Norte; confira a programação

Turistas que já foram a eventos no exterior dizem que organização, comparada à de shows no Brasil, é ponto alto

MARIANA BOMFIM COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A viagem do professor Daniel Zerbetto, 31, pela Europa foi montada em torno do Glastonbury, um dos maiores festivais de música do mundo, na Inglaterra. "Programei meu roteiro com o ingresso na mão", conta. "Depois do evento, vou conhecer cidades da Grã-Bretanha, da Croácia, Holanda e, na Alemanha, vou a outro festival, o Melt."

Assim como Zerbetto, muitos brasileiros estão embarcando em viagens programadas em função de festivais de música da recém-aberta temporada de verão no hemisfério Norte --a estação só começa em 21 de junho, mas os shows já estão rolando.

Adriana Pacheco, diretora da agência de viagens Via Régia, afirma que a procura de brasileiros por pacotes para festivais não para de crescer.

Um dos primeiros roteiros oferecidos pela empresa, para o Coachella, nos Estados Unidos, há cinco anos, teve dez adesões. Na última edição, em abril, a agência levou 40 pessoas. O Tomorrowland, na Bélgica, é outro preferido dos viajantes. "Levei menos de dez pessoas com o primeiro pacote, em 2009, e, neste ano, vão mais de 80", diz ela.

O comerciante Tarek Osman Ghazzaoui é um deles. Fã de música eletrônica, vai pela terceira vez ao Tomorrowland, em julho. "Sempre tiro férias no verão europeu. Neste ano, até antecipei a viagem em dez dias para poder pegar também outros festivais, na Croácia e na Espanha."

O sucesso do Tomorrowland entre os brasileiros é confirmado pela operadora oficial do festival no Brasil, a Inside Music Land. Segundo o sócio-diretor, Wanderson Carvalho, a empresa vendeu os 180 pacotes disponibilizados e a lista de espera tem 20 mil pessoas. Ainda de acordo com ele, 80% dos clientes que compram o pacote viajam pela Europa após o festival, em média, por 20 dias.

É essa a duração do mochilão da psicóloga Aline Peixoto, 24. Ela comprou o ingresso para o Tomorrowland pelo site, na pré-venda, em fevereiro. "Vou à Inglaterra antes do festival e à Holanda e à Alemanha depois."

ORGANIZAÇÃO

Veterana de festivais, a publicitária Lalai Persson, 40, se casou na Suécia, em 2013. A data, 3 de agosto, foi escolhida devido à proximidade com o Way Out West, em Gotemburgo. "O casamento foi o pretexto que usei para as pessoas se animarem a ir comigo", diz ela. "Dos 39 convidados brasileiros presentes, dez ficaram para o festival."

Quem já foi a festivais no exterior e no Brasil, como Lalai, diz que a maior diferença está na organização. "Hoje em dia, a desculpa para ir a um show na Europa não é ver uma banda que não vem ao Brasil, porque todas tocam aqui", diz. "Mas, lá, os shows são pontuais e não têm área VIP."

No Tomorrowland, Ghazzaoui conta ter se surpreendido com a organização de um festival tão grande. "Tinha até postos oferecendo desodorante e protetor solar de graça", conta. "Se a bateria do celular acabasse no meio da festa, você podia alugar um carregador portátil."

"Recebemos várias informações por e-mail, o som é melhor, os palcos são mais bem distribuídos e quase não há filas para comer, beber e ir ao banheiro", afirma a arquiteta Paola Han, 29, outra "turista de festivais".


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