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Opinião

Sem teletransporte, torço pela simplificação ao cruzar fronteira

ZECA CAMARGO COLUNISTA DA FOLHA

Considerando que a minha geração --nem a sua, nem a do seus filhos ou netos-- não vai experimentar as vantagens do teletransporte (como a gente conhece de "Jornada nas Estrelas"), a melhor notícia que um viajante pode esperar do futuro é uma simplificação absoluta do ato de cruzar uma fronteira.

Claro que os aviões poderiam ficar mais rápidos --se descobrirem um combustível mais barato. Assim como torço --em vão, eu sei-- para que a relação entre preço da passagem e o conforto ao longo dela seja otimizada ao extremo. Mas ao sonhar com as viagens de amanhã, o mais plausível mesmo é torcer pela simplificação da burocracia na chegada a um país.

Seja num moderno aeroporto (como o Suvarnabhumi, em Bangcoc), numa travessia de carro (pense em El Paso, Texas, e Ciudad Juarez, no México), ou mesmo a pé --que tal ir até a Jordânia, saindo de Israel?

Pode ser uma "simples" fila de horas te atrasando para explorar o desconhecido. Ou uma revista digna de prisão de máxima segurança (melhor não falar onde). Esse é um obstáculo que ainda temos que enfrentar.

Melhorias consideráveis em ferramentas biométricas farão em breve com que sejamos nosso próprio passaporte. Você chega, coloca seu olho num aparelho que reconhece a íris --pode ser a palma de sua mão, ou até, como foi anunciado recentemente, a batida do seu coração-- e pronto! O mundo é seu em questão de segundos.

Claro que os mais visionários vão dizer que o futuro das viagens pertence a poderosos óculos virtuais, que permitirão que você "visite" qualquer canto do planeta --e, por que não, da galáxia?-- sem sair do seu sofá... Mas isso não vai substituir a experiência de estar de fato em outro lugar.

Convenhamos, se essa fosse realmente uma boa ideia, você acha que Capitão Kirk, Tenente Uhura, Spock e companhia não teriam preferido desenvolver isso do que o teletransporte para ir "onde nenhum homem jamais esteve"?


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