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Passagem barateou, e refeições se adequaram aos novos tempos SILVIO CIOFFIEDITOR DE “TURISMO” Embora as classes executiva e primeira das companhias aéreas nacionais e internacionais ainda se esmerem em oferecer menus e bebidas chiques, não dá para não lembrar com saudade do tempo as louças eram da marca japonesa Noritake, o café era coado na hora e os menus, que tinham data, eram impressos para cada voo. Na velha Varig, que afinal faliu, servia-se caviar malossol, "foie gras truffé de Strassbourg" e, nos cardápios transcontinentais, constava que a comida de bordo tinha "a supervisão de chefes (sic) franceses". A classe econômica no Brasil também teve suas extravagâncias (e mesmo a Transbrasil, em voos domésticos, servia feijoadinhas honestas em alegres tigelinhas coloridas). Os tempos mudaram, e a convicção de que era bom servir feijão a bordo, também. Mas, antes de apelar para o saudosismo, convém lembrar que uma viagem internacional custava muito mais. Nos idos de 1980, o bilhete de ida e volta em classe econômica da extinta (e ruim) LAP, a Lineas Aereas Paraguayas, saindo de São Paulo, com escala em Assunção e indo até Madri, custava US$ 1.200. Hoje, passados mais de 20 anos e com toda a inflação do dólar no período, há empresas aéreas europeias de primeira linha cobrando, em tarifas promocionais, menos de US$ 1.000 pela passagem turística até Lisboa, Madri, Amsterdã, Paris ou Londres. Os voos se popularizaram e, com isso, a comida de avião piorou. De todo modo, há agora consciência do que é mais saudável e, certamente, vale tentar mudar de ares gastronômicos na sua próxima viagem pedindo, sem custos, uma refeição especial. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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