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Depoimento

Cidade sofreu com excesso de turistas no Carnaval de 2009

Um ano antes da enchente, feriado prolongado atraiu 180 mil visitantes

VANESSA CORRÊA DA SILVA
DE SÃO PAULO

MESMO COM o NÚMERO ELEVADO DE FOLIÕES, A IMPRESSÃO QUE RESTOU FOI A DE UM CARNAVAL TRANQUILO

Com suas marchinhas e jeito de festa à moda antiga, o Carnaval de São Luiz do Paraitinga é garantia de diversão para quem gosta da folia autêntica.

Ao longo dos anos, cada vez mais pessoas descobriram a graça de passar o feriado dançando atrás dos blocos pelas ruas do centro histórico da cidade, sem ouvir um único refrão de samba ou axé durante toda a festa.

Passei o Carnaval em São Luiz do Paraitinga em 2009, o último antes da enchente que destruiu parte do centro histórico da cidade. Com cerca de 10.400 habitantes, naquele ano Paraitinga foi destino de 180 mil turistas durante os cinco dias de festa.

Quem não conseguiu reservar um hotel ou alugar uma casa para o feriado acabou acampando em barracas junto à igreja Matriz de São Luiz de Tolosa -a mesma que ruiu com a enchente de 2010.

Com a limitação da entrada de carros na cidade e a proibição de sua circulação pelas principais ruas do centro, estacionamentos foram improvisados em terrenos próximos à entrada do município e, já na noite de sexta-feira, era possível ver uma multidão de pessoas caminhando com malas, colchonetes e travesseiros em direção ao centro.

Mesmo com o número elevado de foliões, a impressão que tive foi de um Carnaval tranquilo. Não presenciei brigas nem tumultos e, apesar de a maior parte dos turistas ser composta por jovens, vi muitas famílias com crianças se divertindo nos blocos.

Ainda que lotados, restaurantes e lanchonetes pareciam dar conta do serviço, mas filas eram inevitáveis. Não houve falta de água -felizmente, já que o calor não deu trégua nos cinco dias-, mas ocorreram cortes de energia. Ficamos às escuras por uma hora numa noite.

No último dia de festa, muitos locais acumulavam sujeira, e o mau cheiro era perceptível em vários pontos, deixando claro que, mesmo sem muita confusão, a pequena cidade havia chegado ao limite de sua capacidade de receber visitantes.

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