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Cobá guarda pirâmides e campos de jogo milenar

Esporte, que utilizava uma bola de couro, também era ritual religioso

Sítio arqueológico fica a 30 minutos de Tulum; cidade chegou a ter 40 mil habitantes em seu auge, de 800 até 1100

Isabelle Moreira Lima/Folhapress
Nonuch Mul, também conhecida como 'grande pirâmide', é a única que pode ser escalada
Nonuch Mul, também conhecida como 'grande pirâmide', é a única que pode ser escalada

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma cidade maia inteira com construções que incluem uma sofisticada pirâmide de 42 metros e quadras esportivas erguidas a partir do ano 800 está incrustada no meio da selva mexicana em Cobá, a 30 minutos de Tulum.

O sítio arqueológico é impressionante pela interação com a natureza e por sua magnitude, além de ter a capacidade de fazer com que o turista se sinta dentro do filme "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida".

Entre o ano 800 e 1100, período em que arqueólogos e historiadores acreditam ter marcado o apogeu da cidade, Cobá chegou a ter uma área de 50 km² e 40 mil habitantes. Hoje, o visitante pode entender um pouco do que foi a cidade ao conhecer as duas principais pirâmides.

Uma delas é o Templo das Igrejas, a 100 metros da entrada principal. Não é possível subir, mas a visita vale a pena pela grandiosidade da construção, tanto em área quanto em altura.

Não muito longe dali está Nonuch Mul (grande monte, em maia), também conhecida como "grande pirâmide" por ser a maior do local, a única em que a escalada, apesar de difícil, é permitida.

Livre-se do medo da altura, respire fundo e vá: a única coisa que despencará lá de cima é o queixo do visitante com o poder de deslumbramento da vista lá do alto.

PELOTA

Em Cobá tem-se uma ideia melhor do que era o jogo de pelota, principal esporte da civilização pré-colombiana de que se tem notícia.

Há dois campos para a prática do jogo, em que dois times com até quatro jogadores tentavam passar uma bola feita de couro por um anel de pedra, ideia semelhante a de um gol.

O anel de pedra, no entanto, era bem mais estreito que uma trave -mais parecido com uma cesta de basquete presa pela lateral-, e os jogadores deveriam usar unicamente os quadris.

Mais que um esporte, era também um ritual religioso que podia durar dias e cujo ganhador, em Cobá, era sacrificado. Há várias versões sobre o tipo de sacrifício, desde mutilações até a morte.

Se não houver disposição suficiente para caminhar alguns quilômetros e conhecer as ruínas de Cobá, que ficam bastante espalhadas pela área do sítio arqueológico, há a alternativa de alugar uma bicicleta ou uma espécie de bike-riquixá com motorista. É recomendável o uso de chapéu e de repelente. O horário de visitação vai das 8h às 17h e a entrada custa 51 pesos.

Ao lado do estacionamento, há restaurantes de comida mexicana e maia simples e saborosa e lojas de suvenires.

(ISABELLE MOREIRA LIMA)

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