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Tours chegam a beirar a inconsequência

Prática do 'jungle walking' consiste em deixar jipe de lado e caminhar, com um guia desarmado, em meio à mata

Bastante buscados por quem quer adrenalina, passeios incluem até sobrevoo de paraglider com uma ave de rapina

DO ENVIADO AO NEPAL

Por mais variado que seja o relevo do Nepal, não há dúvidas de que as grandes estrelas de seu cardápio natural são as altas montanhas.

Mas, caso caminhar por trilhas durante semanas ao ar rarefeito ou escalar picos nevados não seja muito a sua praia, o país guarda outras atividades. A maioria delas, porém, exige mesmo um mínimo de preparo ou coragem.

Algumas atividades chegam a beirar a inconsequência. É o caso dos safáris a pé oferecidos pelas agências de turismo em Sauraha, nos arredores do parque nacional Chitwan, na região do Terai.

A prática, chamada "jungle walking", consiste em deixar jipe e elefantes de lado e seguir caminhando com um guia desarmado entre a vegetação repleta de rinocerontes, crocodilos, búfalos, e, mais raramente, leopardos, ursos e um dos 125 tigres reais de Bengala que vivem no parque.

O Nepal é um dos poucos países onde a prática é permitida. Para os menos corajosos, há também safáris mais convencionais, em jipes ou em cima de elefantes.

Não muito longe da capital, Katmandu, seguindo a estrada que leva até a fronteira com o Tibete (China), dois resorts são populares para quem busca adrenalina. Tanto o Last Resort (www.thelastresort.com.np) como o Borderlands (www.borderlandresorts.com) oferecem diferentes pacotes incluindo práticas como canyoning, bungee jumping, trekking e rafting.

A turística Pokhara, cidade a cerca de 200 quilômetros de Katmandu, serve de base para algumas das mais populares trilhas da Ásia. Está em posição idílica às margens do lago Phewa, que, por sua vez, reflete a vista dos picos do maciço do Annapurna.

Uma das atividades na região se destaca pelo inusitado. É o parahawking (parahawking.com), que consiste em sobrevoar a região de paraglider com a ilustre companhia de uma ave de rapina treinada para acompanhar o passeio e pegar comida das mãos do aventureiro.

Já entre os mais preguiçosos, mas ainda assim corajosos, são populares os "mountain flights" oferecidos pelas inúmeras agências de turismo de Katmandu.

Todas as manhãs, durante a alta temporada, uma verdadeira esquadrilha de pequenos aviões decola do aeroporto da capital para um rápido sobrevoo do Himalaia e aquela espiadinha no Everest.

Quem prefere o caminho da iluminação à adrenalina, a localidade de Lumbini, no Terai, onde nasceu o Buda, é tida como um dos quatro grandes centros de peregrinação do mundo budista.

O simples ato de viajar pelos ares e estradas do Nepal já deveria ser considerado um esporte radical. Deslocar-se pelo país requer paciência e tranquilidade.

(PEDRO CARRILHO)

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