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Passeio por praça é aula sobre a história do país

Lugar foi escolhido para abrigar palácios reais e templos por diferentes dinastias

DA ENVIADA A KATMANDU

Reserve ao menos uma tarde inteira para um passeio pela praça Durbar, frequentemente descrita como o coração de Katmandu. E o tempo gasto ali vale a pena.

Não se trata de um espaço público qualquer, mas de uma espécie de "museu arquitetônico", com templos e palácios de várias épocas.

Não espere, porém, a atmosfera quieta de um museu: por ali fervilham moradores, turistas e vendedores, em uma balbúrdia alegre.

A presença de templos e palácios remonta ao período da dinastia licchavi, no séc. 3º, embora não reste nada da época. As estruturas do lugar foram erguidas entre os séculos 12 e 18, especialmente pela dinastia malla.

A praça também é um ótimo local para apreciar o entalhamento na madeira praticado ao longo dos séculos pelos newars, habitantes originais do vale de Katmandu.

Uma das estruturas mais interessantes é o templo Kasthamandap, termo que deu origem ao nome Katmandu.

Diz a tradição que o templo, um pagode de três andares, foi erguido com a madeira de apenas uma árvore.

Outro ponto alto é Hanuman Dhoka, complexo que engloba o palácio ocupado até o séc. 19 pela realeza do Nepal. Sua área mais antiga data do séc. 16.

O templo Shiva Parvati, do final do séc. 18, chama a atenção pelo teto de madeira entalhada no estilo dos newar e pelas figuras dos dois deuses hindus em uma janela na parte superior da fachada.

Bastante popular é o Kumari Bahal, que abriga a kumari, uma menina considerada o aspecto vivo da deusa Durga, que no Nepal é chamada de Taleju.

A kumari atual, Matina Shakya, foi escolhida aos três anos, em 2008. Ela viverá isolada no templo até alcançar a puberdade, quando dará lugar a outra menina. Até lá, será venerada como deusa por hindus e budistas.

(MARINA DELLA VALLE)

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