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Parque Olímpico consolida revitalização do East End

Região tradicionalmente pobre hoje tem lojas de arte e roupas descoladas

Destino de imigrantes e marcada pela miséria e pela superpopulação, área foi palco de crimes de Jack, o Estripador

DA ENVIADA A LONDRES

A escolha do East End, no leste de Londres, para a construção do Parque Olímpico vem consolidar a revitalização de uma área historicamente pobre e degradada.

Não há fronteiras exatas para o East End. Vizinho à região da City, se espalha pelo norte do Tâmisa, englobando o distrito ("borough") de Tower Hamlets e porções de Hackney.

Ironicamente, hoje exibe Canary Wharf, área financeira pontilhada por arranha-céus modernos, sedes de bancos e grandes empresas.

Nos últimos dez anos, a área entrou na moda: a vida noturna da região de Shoreditch e de Brick Lane -essa última conhecida por seus grafites, alguns feitos por artistas famosos, como Banksy- começou a fervilhar, e a presença de artistas e estilistas alternativos trouxe descolados durante o dia.

A ligação do East End com a moda remonta ao século 18, quando os huguenotes (protestantes franceses) chegaram em massa, trabalhando com tecelagem. Essa vocação ficou marcada no nome de uma de suas ruas mais conhecidas, Petticoat Lane (algo como travessas da anáguas).

O mercado de Spitalfields (www.spitalfields.co.uk), que remonta ao século 17 e tradicionalmente vendia vegetais e frutas, hoje concentra lojas de roupas e arte.

Marcado pela imigração, pobreza e superpopulação, o East End recebeu huguenotes, irlandeses, judeus europeus e hoje abriga uma viva comunidade de Bangladesh.

Também concentrava marinheiros -e, consequentemente, tabernas e prostitutas. Foi ali que o famoso assassino Jack, o Estripador, cometeu seus crimes: o pub Ten Bells (que, no fim de março, estava em obras), ao lado da igreja de Spitalfields, foi frequentado por algumas delas.

Também é o berço dos chamados "cockneys" -habitantes do leste londrino-e seu famigerado sotaque.

Passear por suas ruas estreitas, observando as casas apertadas e se perdendo pelos mercados, é submergir em uma cultura peculiar -e um tanto sedutora- da cidade. Para compras, prefira os domingos, quando os mercados de rua estão funcionando.

LONDON BRIDGE

No quesito mercados, são os que vendem produtos orgânicos e locais os que mais cresceram nos últimos anos. E um passeio por um deles, como o de Borough (www.boroughmarket.org.uk), ao lado da estação de metrô de London Bridge, pode ser um tanto divertido -e, literalmente, gostoso.

Os estandes oferecem de peixes e frutos do mar pescados pelo dono da banca a pães, geleias e mel feitos com produtos integrais e naturais.

E os visitantes provam de tudo, decidem o que querem comer e fazem a refeição no jardim da catedral de Southwark (cathedral.southwark.anglican.org), ao lado, considerada a mais antiga da cidade, que vale a visita.

Desça em direção ao Tâmisa para um "pint" ao lado do rio. O tradicional pub The Anchor tem mesas com uma bela vista da catedral de St. Paul.

BRUXINHO Relógio no recém-inaugurado tour pelos estúdios onde foram gravados os filmes da série Harry Potter; leia mais amanhã em folha.com/turismo

(MARINA DELLA VALLE)

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