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Fuga a Igarassu e ilha de Itamaracá segue por ex-povoados portugueses

É possível escapar de Olinda para a pequena Igarassu e para a ilha de Itamaracá de carro -ou num longo dia utilizando transporte público. A viagem segue por alguns dos locais onde estavam os mais antigos povoamentos portugueses na costa brasileira.

Situada a 22 km de Olinda, Igarassu apresenta um trio de igrejas e um diminuto, porém colorido, centrinho histórico. Atestando a antiguidade e a importância da área, a igreja de São Cosme e São Damião, padroeiros da cidade, foi erguida em 1535, e é considerada a mais antiga igreja ainda em funcionamento no Brasil.

Mais ornado, o convento de Santo Antônio, de 1588, tem tours monitorados nos quais se observam as pinturas no teto da capela e os azulejos portugueses do século 18. Há ainda um acervo de pinturas do período colonial.

Seguindo por Itapissuma, uma ponte atravessa o canal de Santa Cruz até a ilha de Itamaracá, que abrigou a sede de uma das capitanias originais da costa nordestina.

Vinte quilômetros depois de deixar Igarassu, chega-se à praia do Forte, no extremo sul da ilha, onde ficam suas principais atrações.

Apesar de bem frequentadas nos finais de semana, as praias da ilha não têm o mesmo apelo de outras ao longo da costa pernambucana.

O diferencial é uma imponente construção histórica, o forte Orange. Originalmente construído em 1631 pelos holandeses, foi destruído e, em seguida, reerguido pelos portugueses para proteger Igarassu de invasores. Rebatizado como forte de Santa Cruz, hoje passa por reformas e está fechado para visitas.

Logo ao lado do forte fica o Eco-Parque Peixe-Boi & Cia, que faz parte do projeto Peixe-Boi Marinho. Na visita ao centro, os visitantes podem ver os tanques em que os mamíferos são alimentados.

Com até 4 m comprimento, os tanques acabam parecendo pequenos para animais desse porte. A água turva dificulta a visualização pelas janelas laterais dos tanques -o melhor é vê-los interagindo entre si e com os humanos na plataforma.

Ainda na praia do Forte, dá para fazer passeios de barco até a ilhota da Coroa do Avião -um banco de areia formado na foz do canal de Santa Cruz-, e uma caminhada de 3 km pela trilha dos holandeses até o vilarejo de Vila Velha, povoamento original da ilha. Fundado em 1540, é hoje um simples e bucólico povoado, com a igreja de N. S. da Conceição e um mirante para a Coroa de Avião vista da folhagem.