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Cidade Proibida abre área das mulheres para visitação pública

Renovados, os cômodos abrigavam imperatrizes e concubinas

ANTONIO BROTO
DA EFE

Dizem que a Cidade Proibida de Pequim, o antigo palácio imperial chinês, tem 9.999 cômodos, e muitos não podem ser visitados pelos turistas. Quatro deles, onde viveram imperatrizes e concubinas, acabam de ser abertos ao público.

Os quartos, após um trabalho de restauração, estão a leste dos principais recintos do palácio, no eixo central, e dele os visitantes podem dar uma espiada em um dos locais mais proibidos, que valha a redundância, da Cidade Proibida -nem mesmo o imperador os frequentava.

Trata-se de uma área em as imperatrizes e concubinas do imperador moravam e faziam rituais religiosos, especialmente durante a dinastia Qing (1644-1911), a última que viveu na Cidade Proibida.

O mais espetacular dos novos recintos abertos ao público é o Huang Ji Dan, o "salão das Normas do Governo", construído em 1689 e presidido por um enorme trono dourado, flanqueado por duas figuras de elefantes.

O recinto, onde se respira uma tranquilidade que falta nas áreas mais famosas do palácio, tomadas pelas hordas de turistas, é conhecido, entre outras coisas, por ter sido o local onde a imperatriz viúva Cixi, uma das figuras-chave do final da época imperial, celebrou seu aniversário de 70 anos, em 1905.

Mais ao norte fica o Le Shout Tang ("palácio da Longevidade Feliz"), erguido em 1776, no qual também viveu Cixi, conhecida por ter sido durante seu reinado, "na sombra" de quase meio século, que ocorreram as Guerras do Ópio e o assédio das potências europeias, que chegaram a invadir Pequim.

O local favorito dos turistas chineses se encontra mais ao norte, no jardim onde termina a área, e onde está um poço conhecido por ter sido onde morreu uma concubina chamada Zhen, a favorita, assassinada a mando de Cixi.

A exibição dessas áreas faz parte da "política de abertura" do novo curador do palácio-museu, Shan Jixiang, que deseja que os turistas possam visitar dois terços de todo o complexo (atualmente, metade dele está aberta).

Muitos cômodos fechados são armazéns, locais de estudo de pesquisadores ou áreas ainda não restauradas pelo museu, que se encontra em um longo e delicado processo de renovação.

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