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Metade das belezas do mundo estão em Isfahan, reza lenda

Frase é atribuída ao poeta francês Mathurin de Reigner, que teria se encantando com a localidade no século 16

Grandeza arquitetônica e rica arte islâmica em incontáveis lugares são responsáveis por tornar a cidade tão especial

DO ENVIADO A ISFAHAN

Reza a lenda que o poeta francês Mathurin de Reignier ficou tão encantado quando visitou Isfahan, no século 16, que ele disse ter enxergado na cidade metade das belezas do universo.

Foi assim que Isfahan começou a ser chamada "metade do mundo", apelido usado até os dias de hoje para designar a capital turística e artística iraniana.

Há quem sustente que a cidade possui a mesma importância para a humanidade que Roma ou Atenas. A Unesco a tombou como patrimônio mundial.

O que torna Isfahan tão especial é ao mesmo tempo a grandeza arquitetônica e a riqueza da arte islâmica estampada em incontáveis lugares.

Além disso, quase todas as ruas são arborizadas e floridas, o que confere um aconchego inexistente na maioria das aglomerações iranianas.

ENCANTO EM CADA FACE

O ponto alto de Isfahan é a praça Real, também conhecida como praça Imã, um retângulo de meio quilômetro de extensão que tem um encanto em cada face.

Deixe para conhecer a praça no fim de tarde, quando casais e famílias estendem lençóis na grama para relaxar ou fazer um piquenique.

Comece o tour pelo lado sul do retângulo, onde fica a mesquita Imã (século 17). Com sua monumental elegância e delicados mosaicos, é tida como uma obra-prima da engenharia islâmica.

O domo dourado de outra mesquita, conhecida como Xeque Lotfollah, se destaca na frente leste. Menor e mais refinada que a Imã, tem arabescos e motivos florais que mudam de cor em função da luz do dia. É considerada a mais bela mesquita do Irã.

Em frente à Xeque Lotfollah fica o palácio Ali Qapu, onde é possível subir num terraço e, de lá, ter a melhor vista da praça.

Ao norte fica a entrada do bazar de Isfahan, que tem o melhor do artesanato local. Os preços são mais altos que nas outras cidades, mas as peças são também as mais refinadas e variadas.

Outro ponto alto da cidade são as pontes com arcos que cortam o rio Zayandeh, algumas das quais eram também usadas como barragens. Moradores costumam se reunir ao anoitecer sob os arcos para recitais de poesia.

Isfahan abriga comunidades zoroástrica, judaica e cristã. No bairro armênio, há uma bonita igreja e um museu da presença cristã em Isfahan.

A cidade tem ainda refinados jardins e pátios floridos. Um deles fica no hotel Abbasi (www.abbasihotel.ir), de rara beleza, mas caro demais e com serviço notoriamente ruim.

(SAMY ADGHIRNI)

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