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Templo em Cotia oferece refúgio do caos da metrópole

Situado próximo ao km 28 da rodovia Raposo Tavares, Zu Lai prega budismo em prédio de arquitetura chinesa

Figuras de Buda e seus seguidores estão pelos cômodos e jardins; na visita, convém atentar às regras de etiqueta

DANIEL MÉDICI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muito perto do turbilhão da rodovia Raposo Tavares, monges budistas meditam.

Eles são residentes do templo Zu Lai (estrada municipal Fernando Nobre, 1.461; www.templozulai.org.br), em Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

O edifício, inspirado na arquitetura chinesa e aberto em 2003, faz parte da ordem Fo Guang Shan, fundada em Taiwan pelo mestre Hsin Yün -e é aberto a visitas.

De terça a domingo, interessados na cultura oriental podem aprender sobre a doutrina religiosa, observar a paisagem verde do entorno e apreciar o silêncio, embora constantemente cortado pelo som dos carros e caminhões que trafegam pela vizinhança.

O lugar se torna mais agitado nos finais de semana, quando acontecem palestras e celebrações.

A imersão cultural começa já na entrada, com uma placa bilíngue. A maior parte das inscrições espalhadas pelo templo são ideogramas.

O primeiro jardim que o visitante encontra pela frente é o dos 18 Arahats e pode confundir os não iniciados: espalhados pelo gramado estão pequenas estátuas em granito de figuras com feições raivosas e agressivas.

"'Arahat' é a palavra em sânscrito para 'destruidor de inimigos'", explica Aristides Dias, auxiliar administrativo e discípulo do local. "Mas são guerreiros apenas no sentido simbólico. No budismo, os principais inimigos estão dentro do próprio ser. O momento que antecede a iluminação é quando se confronta os piores sentimentos."

Os arahats representados são os 18 primeiros discípulos de Buda Shakyamuni a alcançarem a iluminação. No jardim ao lado, o dos Bodisatvas, que espelha o primeiro, as figuras já estão muito mais relaxadas, contemplativas.

Subindo dois lances de escada, após o jardim central, chega-se à sala do Grande Herói, a mais importante do complexo, e a que exige mais respeito do visitante. Em um altar, encontra-se uma grande estátua, o Buda de Jade.

Sentado em lótus, a posição de suas mãos -uma tocando o solo e a outra segurando uma esfera de cristal- indica "que céu e terra são testemunhas de sua iluminação", segundo Dias.

CUIDADOS

Por se tratar de um centro religioso, é preciso ficar atento para não correr o risco de faltar com respeito. Há cartazes espalhados indicando algumas regras: não tirar fotos do interior dos cômodos, usar trajes discretos e não fumar.

A linha budista mahayana, seguida pela ordem do templo, também não consome carne. Há um restaurante vegetariano aberto para almoço aos sábados, domingos e feriados (R$ 20 por adulto, com comida à vontade).

Também há cafeteria, livraria e até uma padaria. Leve dinheiro, pois o templo não trabalha com cartões. A entrada é gratuita.

Veja galeria de imagens do templo Zu Lai

folha.com/fg7711

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