Hotéis destacam paisagem e o passado da Patagônia

Mais do que em muitos destinos turísticos pelo mundo, na Patagônia chilena os hotéis costumam ocupar uma parte importante da experiência de viagem. Isso porque muitos deles refletem o estilo e a cultura locais, provocando uma imersão ainda maior na paisagem.

Em Puerto Natales, encontram-se de quartos coletivos em albergues, com diárias inferiores a R$ 30, a hotéis luxuosos que cobram cerca de US$ 1.500 por três noites com passeios e pensão completa.

Esses últimos chamam a atenção pelo modo como se apropriam da paisagem e da história da Patagônia.

Inaugurado há sete anos, o Remota é um dos representantes dessa categoria.

A arquitetura do lugar é toda pensada de modo a imitar as antigas estâncias de ovelhas da região, com suas paredes de acabamento rústico e tetos feitos de tábuas de madeira, similares àqueles em que os estancieiros penduravam as peles dos animais.

Para reforçar ainda mais a sensação de isolamento que a Patagônia causa em seus visitantes, os quartos não possuem televisão, e só é possível utilizar a internet nas áreas comuns do hotel -o que diminui bastante o tempo gasto on-line.

As enormes paredes de vidro do Remota permitem a visão de diferentes paisagens da Patagônia, a partir de cada um dos lados do hotel.

Paredes de vidro também fazem parte do hotel The Singular, onde todos os quartos têm vista para as águas do canal Senõret, que leva ao golfo Última Esperança.

Construído no lugar do antigo frigorífico de Puerto Bories, o hotel, que ainda não completou um ano, preservou as instalações do local, que foi declarado monumento nacional.

As paredes de aspecto metálico dos corredores fazem alusão às antigas câmaras frigoríficas, e parte do maquinário da empresa continua exposto próximo à recepção.