Milonga ensina tango para turistas entre os portenhos

Ao lado da visita à Plaza de Mayo e das compras na calle Florida, o show de tango é o programa inescapável do brasileiro em Buenos Aires.

Geralmente acompanhado de um jantar, com vinho consumido à vontade (para afrouxar o senso crítico), esses espetáculos, embora nem sempre sejam ruins, passam ao largo da forma portenha de apreciar o tango.

Quem quer fazer como os locais deve ir a uma milonga -casas noturnas em que se vai para dançar tango, "valsas criollas" ou o próprio ritmo chamado milonga, inventado em Buenos Aires, geralmente tocado no violão.

Há diversas dessas casas espalhadas pela cidade. Uma das mais famosas, que atrai argentinos e turistas, é La Viruta (confira a programação no site www.lavirutatango.com), na qual o maior atrativo são suas aulas de dança, de até duas horas de duração.

Instalada no subsolo do clube Armênio (calle Armenia, 1.366), no bairro de Palermo, sua fachada não conta com pôsteres de Gardel ou ao menos uma placa com o nome da escola.

O ingresso, de 35 pesos (R$ 15), dá direito a todas as aulas da noite -para os que tiverem fôlego- e também aos shows, que acontecem às quintas e sextas.

Quem não se acha dotado de alma "tanguera" não precisa se preocupar: há cinco professores diferentes por aula, cada um cuidando de uma faixa de dificuldade, dos iniciantes aos profissionais.

Embora a maioria dos frequentadores vá acompanhada, os mais corajosos podem ir sozinhos e arranjar um par ali mesmo, na hora.

Diferentemente da maioria das milongas de Buenos Aires, boa parte do público do La Viruta é jovem, dos 20 aos 40 anos de idade -embora haja muitos dançarinos já acima dos 60.

A casa abre de terça a domingo, e não é necessário fazer reserva prévia para a aula -basta pagar o ingresso na hora. As primeiras classes começam às 18h ou 19h, e nenhum show começa antes da meia-noite.