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Vinhedos e palácio dão cara à velha Würzburg

Cidade barroca da Francônia é centro cultural; sua universidade é de 1402

Residência episcopal foi bombardeada em 1945, mas salvou o forro do teto pintado pelo veneziano Tiepolo

PEDRO CARRILHO ENVIADO ESPECIAL À ALEMANHA

Na porção norte da Baviera, o maior Estado alemão, a Francônia é uma região encravada no coração histórico e cultural da Alemanha. Relativamente pouco conhecida fora do país e distante dos Alpes bávaros que caracterizam a paisagem do sul do Estado, tem verdes colinas cobertas por vinhedos.

Würzburg é a capital do distrito da Baixa Francônia. Segunda maior cidade da região, depois de Nuremberg, fica no centro da Franken Weinland, uma das 13 regiões vinícolas alemãs.

O acesso é fácil a partir do aeroporto de Frankfurt (de trem, gasta-se uma hora e meia). Würzburg tem 135 mil habitantes e atrai visitantes com sua arquitetura mormente barroca e seus bons vinhos.

A cidade teve seu centro arrasado ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Um memorial provisório na prefeitura exibe a maquete da destruição causada pelas bombas incendiárias da RAF, a Força Aérea Real britânica, que mataram 5.000 pessoas. Os ferozes bombardeios da noite de 16 de março de 1945 ocorreram três semanas antes da ocupação aliada.

Totalmente reconstruída, Würzburg tem ruas pacatas, poucos carros e muitos pedestres, ciclistas e bondes elétricos. A presença dos mais de 20 mil alunos de sua universidade, no entanto, garante uma vida cultural agitada. Fundada em 1402, a Universidade de Würzburg legou 14 laureados com o Nobel.

Em termos turísticos, a principal atração é a Residência de Würzburg (www.residenz-uerzburg.de), monumental palácio barroco, nomeado Patrimônio da Unesco em 1981.

Aberto em 1744, o palácio foi sede do principado episcopal que dominou a cidade. Obra do arquiteto Balthasar Neumann, nascido na Boêmia e radicado em Würzburg, é considerado um exemplo do barroco alemão.

O destaque em seu interior é o afresco no teto da majestosa escadaria. A "Alegoria dos Planetas e Continentes", do mestre veneziano Giovanni Batista Tiepolo, é considerado o maior do tipo no mundo. Tiepolo também pintou o Salão Imperial, um dos muitos salões do palácio.

A Residência impressionou tanto a equipe de filmagens de "Os Três Mosqueteiros", que buscava alternativas mais baratas que Versalhes para usar como locação, que partes do longa-metragem acabaram rodadas ali. Meros turistas, no entanto, têm que se contentar em apenas admirar (fotos e vídeos são proibidos no interior do palácio).

O centro histórico é sede da Neumünster, igreja erguida onde os três missionários irlandeses que cristianizaram a região foram decapitados em 686 e, depois, canonizados. Um deles, são Kilian, dá nome à vizinha catedral, uma das maiores em estilo românico na Alemanha.

A Alte Mainbrücke, velha ponte sobre o Meno, é a segunda mais antiga do país.

Dessa ponte a vista é dominada pela fortaleza de Marienberg, situada sobre a colina na margem oposta do rio.


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