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Prédios do século 16 mostram o início da presença espanhola

Catedral metropolitana, Palácio Nacional e ruínas do centro histórico tiveram obras começadas nessa época

Católicos podem visitar basílica de Guadalupe, local em que, segundo a lenda, virgem apareceu para um camponês

DO ENVIADO AO MÉXICO

A capital mexicana não surpreenderia nenhum brasileiro pelos congestionamentos e urbanização caótica. Há, no entanto, um diferencial histórico: foram preservados alguns prédios do século 16 que testemunham o início da presença espanhola.
É o caso da catedral metropolitana, começada em 1571, com seu "altar do perdão" do século 18. Ou o Palácio Nacional, sede da Presidência da República, edifício iniciado em 1522, com galerias que dão para pátios quadrangulares, como num convento ibérico.
Ou ainda, nas mesmas imediações do centro histórico, as ruínas do Templo Maior, espécie de santuário asteca feito nos dois séculos que precederam a chegada dos colonizadores. Também na região, o Palácio de Belas Artes, uma mistura de teatro de ópera e centro cultural. É um prédio de mármore branco e fachada neoclássica.
O centro histórico é bom de andar. Existem mais de 1.400 edifícios tombados. As aparências só enganam com o prédio central dos correios, que aparenta ser barroco, mas data de 1934.
A cidade é extensa para acomodar 19,3 milhões de habitantes (com os subúrbios). Seus moradores não gostam de prédios de apartamentos. Há pouca verticalização. Eles estão sobretudo em grandes corredores, como o passeio da Reforma, que corta sete bairros e, na região central, tem os maiores hotéis e a sede de bancos e empresas.
A capital mexicana está localizada a 2.200 metros de altura. Nas primeiras horas é normal sentir um pouco de falta de ar. Em razão da altitude, o clima é relativamente frio. Durante o inverno, entre dezembro e janeiro, a temperatura se aproxima de 0 ºC à noite. De dia, mal ultrapassa os 20 ºC.
Foi a Cidade do México que inventou o rodízio de automóveis para diminuir a poluição urbana. Os carros mais recentes, com dispositivos de filtragem do escapamento, são os únicos dispensados.
O ideal para se locomover em turismo é, obviamente, comprar uma excursão. Mas os transportes coletivos locais são bons e baratos. O metrô tem 11 linhas e 175 estações.
A terra é árida. Nas imediações há montanhas, entre as quais se escondem seis vulcões. O de Popocatépetl entra de vez em quando em erupção, mas não causa estragos à vizinhança.
Católicos devem visitar a basílica de Guadalupe, no local em que, segundo a lenda, a virgem apareceu para um camponês. São, em verdade, duas basílicas: a antiga, construída no século 17, e a moderna, de 1976.
Pais acompanhados por pequenos têm como opção de passeio o zoológico, que se apresenta como o maior e mais completo da América Latina. Fica no centro, no parque de Chapultepec.
E, para os universitários, a Universidade Nacional Autônoma fica num campus moderno, mas não é isso o que interessa. Ela foi fundada em 1553. Os espanhóis, ao contrário dos portugueses, queriam formar uma elite intelectual na colônia. (JOÃO BATISTA NATALI)

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