São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2007

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NACIONAL E POPULAR

Museu resgata ofícios do passado

Batedeira de manteiga do século 12 e carrancas estão entre peças expostas em prédio no centro da cidade

DO ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Tropeiro, costureira, boticário, alambiqueiro, curtidor, ceramista, chapeleiro, carranqueiro, lambe-lambe, mascate, naval, fundidor, barbeiro e rendeira são algumas das profissões escritas nas paredes do café do MAO (Museu de Artes e Ofícios) (www.mao.org.br) e contempladas nas suas galerias por meio de utensílios, cenários e computadores interativos, com fotos, vídeos e texto.
Lê-se que as carrancas foram "possivelmente copiadas de navios oceânicos vistos no Rio ou em Salvador" e que, nos barcos do São Francisco, "se generalizaram por motivos comerciais, decorativos e místicos".
Eram consideradas a proteção do viajante. Criativo, o museu estampa um poeminha de Millôr Fernandes pertinente ao assunto: "Nunca tive medo, gente/ se onde há perigo/ alguém vai na frente" -as carrancas, no caso, ficavam na dianteira dos barcos.
Barco, por sua vez, que "é feito assim, todo torto, pra ficar direito na água", segundo frase de um carpinteiro naval de São Luís do Maranhão, também estampada no museu.
Os ofícios expostos estão divididos por áreas, como transporte, couro, fogo etc. Há ainda um jardim com peças de grande porte e uma área de 173 m2 para exposições temporárias. O MAO fica na estação central de Belo Horizonte, e foi aberto há menos de um ano e meio, em 14 de dezembro de 2005. (TM)


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