São Paulo, quinta-feira, 01 de junho de 2006

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Internacional

Líbia volta ao mapa turístico ao reatar relação com os EUA

RECUPERAÇÃO País busca entrar na rota dos turistas que vão ao Egito e à Tunísia; para isso, conta com construções gregas e romanas e áreas de mergulho pouco exploradas

DA REUTERS

No turismo do norte da África, a Líbia está longe de competir com as cidades medievais marroquinas, as praias da Tunísia ou as maravilhas do Egito. O quarto maior país do continente permanece como um destino não-usual: forasteiros ainda o associam à resistência ao Ocidente e ao terrorismo.
Mas agora o país espera receber muito mais visitantes, já que o ditador Muammar Gaddafi acaba de retomar ligações com os EUA, pondo fim a anos de isolamento.
A Líbia livrou-se de mais de uma década de ostracismo em 2003, quando assumiu a responsabilidade pela explosão de aviões sobre a Escócia e a Nigéria em 1988 e 1989 e começou a pagar pelos atos de violência.
Entretanto o desenvolvimento capitalista não será rápido. A economia de estilo soviético é brecada pela burocracia sufocante, por uma fraco setor privado e pela relutância do governo em liberar vistos aos turistas rapidamente.
O país recebe apenas 300 mil visitantes anualmente -0,5% do número total de turistas que chegam aos países do Oriente Médio e do norte da África. O Marrocos e a Tunísia são visitados por 6 milhões de pessoas todos os anos, enquanto o Egito acolhe 8,5 milhões de turistas.
Contudo os poucos visitantes que conhecem a Líbia são presenteados pela ausência das multidões. "É lindo vir aqui antes que seja descoberto", diz uma turista francesa. "As pessoas [na Europa] acham que esse país é fechado. Elas não sabem que agora ele está aberto para todos."
Se as ruínas de obras erguidas pelos antigos poderios de Roma e da Grécia não servirem de chamariz, no país há sítios pré-históricos desérticos e uma pouco explorada área para mergulho ao longo da costa.
Um dos principais entraves é conseguir vistos para entrar no país. São necessários 45 dias. Profissionais bilingües também são escassos nos hotéis. Aliás, no país, há apenas um hotel com padrão internacional.


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