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Internacional
Líbia volta ao mapa turístico ao reatar relação com os EUA
RECUPERAÇÃO País busca entrar na rota dos turistas que vão ao Egito e à Tunísia; para isso, conta com construções gregas e romanas e áreas de mergulho pouco exploradas
DA REUTERS
No turismo do norte da África, a Líbia está longe de competir com as cidades medievais
marroquinas, as praias da Tunísia ou as maravilhas do Egito.
O quarto maior país do continente permanece como um
destino não-usual: forasteiros
ainda o associam à resistência
ao Ocidente e ao terrorismo.
Mas agora o país espera receber muito mais visitantes, já
que o ditador Muammar Gaddafi acaba de retomar ligações
com os EUA, pondo fim a anos
de isolamento.
A Líbia livrou-se de mais de
uma década de ostracismo em
2003, quando assumiu a responsabilidade pela explosão de
aviões sobre a Escócia e a Nigéria em 1988 e 1989 e começou a
pagar pelos atos de violência.
Entretanto o desenvolvimento capitalista não será rápido. A economia de estilo soviético é brecada pela burocracia
sufocante, por uma fraco setor
privado e pela relutância do governo em liberar vistos aos turistas rapidamente.
O país recebe apenas 300 mil
visitantes anualmente -0,5%
do número total de turistas que
chegam aos países do Oriente
Médio e do norte da África. O
Marrocos e a Tunísia são visitados por 6 milhões de pessoas
todos os anos, enquanto o Egito
acolhe 8,5 milhões de turistas.
Contudo os poucos visitantes
que conhecem a Líbia são presenteados pela ausência das
multidões. "É lindo vir aqui antes que seja descoberto", diz
uma turista francesa. "As pessoas [na Europa] acham que esse país é fechado. Elas não sabem que agora ele está aberto
para todos."
Se as ruínas de obras erguidas pelos antigos poderios de
Roma e da Grécia não servirem
de chamariz, no país há sítios
pré-históricos desérticos e uma
pouco explorada área para
mergulho ao longo da costa.
Um dos principais entraves é
conseguir vistos para entrar no
país. São necessários 45 dias.
Profissionais bilingües também são escassos nos hotéis.
Aliás, no país, há apenas um hotel com padrão internacional.
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