São Paulo, quinta-feira, 01 de setembro de 2005

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FLORESTA TEMPERADA

Circuito acrobático tem 1.350 m de extensão

Ketchikan, Alasca, se exibe acima dos galhos

Seanna O'Sullivan - 02.jul.2005/Associated Press
A guia Jessica Eastwood da Alaska Canopy Adventures desliza em tirolesa durante tour em que aventureiro pode ver ursos e águias


DA ASSOCIATED PRESS

Com o mesmo tipo de vegetação que o Canadá, as florestas temperadas, o Alasca (EUA), depois de entrar no roteiro de cruzeiros, desenvolve agora o turismo ecológico. A prática de arvorismo cravou a pequena cidade de Ketchikan no mapa do turismo.
A 13 km dessa cidade que viveu da extração de madeira há até uma década, fica a reserva de Ketchikan, que guarda uma floresta temperada. Com o fim da extração da madeira, as árvores dali começaram a ser usadas para um fim mais amigável à natureza.
Foi instalado em julho deste ano um circuito de arvorismo acrobático de 1.350 metros de extensão em um trecho de floresta dentro da reserva.
A operadora Alaska Canopy Adventure oferece os passeios pelas plataformas suspensas ligadas por pontes e tirolesas.
Um grupo que percorre o circuito hesita ao chegar à primeira base. Mas, assim que cumpre o primeiro obstáculo -uma tirolesa-, se rende à diversão. No trajeto, vêem-se águias-carecas, ursos-pretos e outros animais.
"Isso dá novo significado à frase "abrace uma árvore'", diz a turista Billie Jo Cusack, 38, pendurada em um pinheiro. Segundo a aventureira, o tour entre as árvores dá sensação semelhante à prática de skydiving (salto de pára-quedas em que o saltador experimenta alguns segundos de queda livre).
O roteiro tem sete tirolesas -a mais longa com 255 metros- e três pontes de corda, totalizando 1.350 metros de cabos esticados entre árvores. O tour demora três horas e percorre a baía de Herring (arenque), onde mais de 1 milhão de salmões são soltos por ano por uma incubadora.

Canadá-Costa Rica
Para instalar o circuito de arvorismo no Alasca, os sócios da Alaska Canopy Adventure viajaram para México e Costa Rica, onde a atividade começou a ser explorada nos anos 1980.
O conceito de arvorismo não é novo. Darren Hreniuk morava em Vancouver quando bolou um passeio sobre as árvores que ensinasse sobre impactos da destruição ambiental e a importância da preservação da natureza.
Hreniuk levou sua idéia para a Costa Rica, onde instalou o primeiro circuito de arvorismo contemplativo. Alguns anos depois, dúzias de novos circuitos surgiram no país e em outros pontos da América Central. O circuito instalado no Alasca é do tipo acrobático, nascido na França.

Fim da extração
Há menos de dez anos, Ketchikan, localizada em um cabo no sudoeste do Alasca, fechou seu último moinho de celulose -usado para macerar a madeira para a produção de papel-, mas, graças ao crescimento do turismo, os empresários voltaram a olhar para a floresta e a enxergar dinheiro.
A chegada de navios de cruzeiro a Ketchikan mais que dobrou desde 1997, quando a Ketchikan Pulp Co., uma das maiores empregadoras da cidade, fechou suas portas e deixou 500 desempregados.
Segundo o economista Kent Miller, a oferta de trabalho ligada à madeira caiu de 903 vagas em 1996 para 139 vagas em 2004.
Cerca de 850 mil passageiros de transatlânticos visitaram a cidade de 7.700 habitantes em 2004.


Arvorismo no Alasca - A reserva de floresta do Alasca fica a 13 km de Ketchikan; não podem participar do passeio pessoas que pesem menos de 36 kg ou mais de 113 kg; preço: US$ 149 (R$ 355, para passageiros de cruzeiros durante a semana) e US$ 79 (R$ 188, para qualquer um aos sábados); informações: 00/xx/1/907/225-5503

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