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internacional
São Petersburgo aprova construção de arranha-céu
POLÊMICA Cidade, que preservou aura do século 19, pode perder o seu status de patrimônio da humanidade da Unesco
Arquivo/Associated Press
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Autoridades observam modelo do prédio em foto de 2006
DA ASSOCIATED PRESS
Políticos de oposição e interessados na preservação do patrimônio de São Petersburgo
condenaram a decisão do governo da cidade de permitir que
a estatal de gás natural Gazprom construa ali um arranha-céu, afirmando que isso irá destruir a aura da era czarista que a
cidade conserva.
Na semana passada, a administração municipal aprovou os
planos da Gazprom de construir perto do rio Neva um arranha-céu coberto de vidro de 77
andares, mais de três vezes o tamanho do pináculo da catedral
de São Pedro e São Paulo, hoje o
prédio mais alto da cidade.
Defensores do projeto dizem
que o arranha-céu e o centro de
comércio anexo, que juntos serão chamados de Okhta Center,
serão um passo importante no
desenvolvimento da segunda
cidade da Rússia. Mas os críticos os classificam como uma
demonstração de ego político e
comercial. A Gazprom, que deseja se tornar a maior companhia do mundo, é peça fundamental nas exportações russas.
A Unesco avisou que a construção da torre de 400 metros
pode ameaçar a posição de São
Petersburgo como patrimônio
mundial. "Estamos ansiosos
sobre essa decisão", disse Grigory Ordzhonikidze, membro
do comitê russo da Unesco, de
acordo com a agência estatal
RIA Novosti.
Enquanto as outras principais cidades russas ergueram
arranha-céus por razões de orgulho durante a era soviética, o
centro de São Petersburgo preservou seu perfil de cidade do
século 19 por conta de rígidas
leis de construção.
Svyatoslav Gaikovich, vice-presidente da União de Arquitetos de São Petersburgo, afirmou que o turismo em São Petersburgo "pode sofrer" se a cidade perder seu status de patrimônio mundial.
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