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Acervos de museus da cidade concentram de tecidos medievais a obras de arte contemporâneas
LA conserva memórias nipo-americanas
DO ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO E LA
Mecenato, multiculturalismo,
luz: tudo em Los Angeles conspirou para que a cidade chegasse ao
século 21 envergando uma lista invejável de museus, rivalizando até
mesmo com San Francisco.
Há, na cidade, inclusive um museu dedicado à experiência nipo-americana, o Japanese American
National Museum (www.janm.org; na 369 E. First Street, tel. local
213/625-0414). Ocupando duas
alas do que já foi um templo budista e um pavilhão anexo, esse
museu exibe fotos de época e filmes que testemunham como era a
vida para nipo-descententes no
tempo da Segunda Guerra, recriando um campo de confinamento durante o conflito mundial.
Quem gosta de arte moderna
acha no Moca, o Museum of Contemporary Arts (www.moca-la.org; na 250 S. Grand Avenue, tel.
local 213/621-2766), pinturas, esculturas, fotos e, sobretudo, instalações dinâmicas, que, reunidas
depois de 1940, provocam o visitante. O prédio, na California Plaza, foi concluído em 1986.
Já o Lacma, alcunha do Los Angeles County Museum of Art
(www.lacma.org; 5.905 Wilshire
Boulevard, tel. local 323/857-6000), impressiona pelo ecletismo, mostrando a 600 mil visitantes anualmente desde esculturas
asiáticas até tecidos medievais,
passando por esculturas romanas.
"Robber barons"
Talvez impropriamente chamados de "barões-ladrões", empresários bem-sucedidos de tempos
passados fizeram, nos EUA, doações que originaram museus, instituições e até universidades que
são sinônimo de excelência.
Henry Huntington, o empresário que riscou a Califórnia com
inúmeras ferrovias no século 19, e
J. Paul Getty, o milionário que fez
fortuna com petróleo, são dois
dos principais financistas que legaram a LA instituições como a
mansão Huntington, em Pasadena, e os dois museus Getty, um em
Malibu (uma vila romana) e um
em Brentwood.
No caso do Getty Center (www.getty.edu/museum), as doações
para a construção do prédio do
arquiteto Richard Meier (em 1.200
Getty Center Drive, tel. local 310/
440-7300) foram da ordem de US$
1 bilhão: dentro, em cinco galerias,
há tanto quadros de Rembrandt,
Leonardo da Vinci, Michelangelo,
Van Gogh e Cézanne quanto fotografias e objetos de arte.
Já a The Huntington Library,
Art Collections and Botanical
Gardens (www.huntington.org;
1.151 Oxford Road, em San Marino, tel. local 626/405-2141) impressiona pelos 60 hectares de jardins. A residência aristocrática,
abriga ainda manuscritos e livros
muito raros.
Estrelas sobre rodas
Como não poderia deixar de ser
numa metrópole aficionada por
automóveis, LA tem um museu
onde o Cadillac Eldorado Fleetwood, um super rabo-de-peixe,
foi guindado à condição de obra
de arte. Trata-se do Petersen Automotive Museum (www.petersen.org; 6.060 Wilshire Boulevard, tel. local 213/744-3333), com
modelos de anos tão longínquos
como 1911 e 1915.
Recriando o ambiente urbano
dos anos 1920, o museu tem uma
garagem dessa época; idem um
showroom de carros da década de
1930 e um restaurante drive-in de
1950. Como atores e carrões tradicionalmente nasceram um para o
outro, estão lá expostos duas preciosidades: um Cadillac de Rita
Hayworth e um Mercedes de
Clark Gable.
Mais Japão em LA
Depois das visitas a museus e
praias, comer e comprar em Little
Tokyo, bairro circundado pelas
ruas First, Third, Los Angeles e
Alameda, pode ser uma boa idéia.
Cerca de 200 mil visitantes vão
anualmente ao local aonde chegaram os primeiros japoneses por
volta de 1884 -e o mercado Enbun é um dos mais antigos.
Em 335 E. Second Street há a Japanese Village Plaza, quase que
um museu a céu aberto mostrando como era uma vila rural, com
seu jardim japonês adornado por
um espelho-d'água.
Com aspecto pós-moderno, a
rua Onizuka, próxima da prefeitura e travessa da San Pedro
Street, é repleta de lojas de grife e
de restaurantes.
(SILVIO CIOFFI)
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