São Paulo, quinta-feira, 02 de fevereiro de 2006

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Viagem começa animada antes mesmo do embarque

DO ENVIADO ESPECIAL

Ônibus lotados. Clima de festa. Um olhar em volta revela famílias inteiras, grupos de amigos, estrangeiros, casais à procura de tranqüilidade. A funcionária no ônibus anima os passageiros, num prenúncio do que está por vir: diversão. Assim começa a viagem para a maioria das pessoas que vão de São Paulo a Santos para embarcar em um dos navios desta temporada de cruzeiros.
O deslocamento não demora mais que 40 minutos, suficientes para as recomendações básicas: sem documento de identidade ou passaporte ninguém embarca. As malas vão direto para as cabines. Mas um pouco de receio ainda estampa o rosto da maioria, principalmente de quem viaja de navio pela primeira vez. Balança muito? Será que causa enjôo?
Instintivamente são recordadas cenas do filme "Titanic". Não. As reminiscências não são sobre a tragédia, mas sobre o glamour da viagem. Sobressaem os casais, que buscam romance.
As lembranças cinematográficas diminuem perto do porto. As ruas do entorno são estreitas e feias. Acostumados ao choque paisagístico, funcionários mantêm o astral, desviando a atenção. "Pessoal, daqui podemos ver o navio: olhem que lindo!"
Documentos apresentados e fichas preenchidas, é hora de embarcar no Costa Romantica. Marinheiras aguardam os passageiros para as boas-vindas e a foto com uma bóia colorida no pescoço. A recordação, depois exibida a bordo, custa US$ 17.
Engana-se quem pensa que o espaço físico obrigará a uma diminuição de atividades. Ao contrário. É dada a largada para andar, correr, dançar, malhar e, claro, relaxar. E muito.
Missão número 1: descobrir onde está a cabine; direita ou esquerda? Melhor pegar o elevador ou a escada? São 11 andares. Mas para cá ou para lá? Prepare-se, não será fácil encontrá-la também na segunda, na terceira, na quarta vez... Pode ser que até o final da viagem você se habitue.
Missão número 2: desvendar o navio. O que tem em cada um dos 11 pavimentos de 220 metros de comprimento cada um? Restaurantes, bares, mini-shopping, cassino, teatro, piscinas. Uma minicidade sacolejando em alto mar.
O apito soa forte. Hora de arranjar um espacinho no terraço mais alto para a despedida. Na ponta da praia, bombeiros se despedem da embarcação, e há até uma queima de fogos.
Pronto. E na seqüência? Voltar a andar, comer, beber, dançar, malhar, jogar, correr, nadar. Não há noite sem programação. Na primeira, é possível encarar um tour guiado pelo navio. Dançar axé na piscina ou malhar nas academias. Comer, assistir a um show. Ganhar mais calorias nos bares ou gastá-las andando. Até que alguém anuncia: "Uma da manhã! Vai começar a funcionar a discoteca!". Depois, adrenalina em alto nível e sol por nascer. Nada melhor do que voltar ao terraço mais alto. Dormir? Fica a seu critério.
Sem tempestade, não há enjôo nem fortes emoções com o mar. Só uma leve sensação de balanço. "O organismo logo acostuma", diz um passageiro experiente. Nada de estresse. O cruzeiro está só começando. E ainda há muito que andar, nadar, comer, dançar, jogar, correr e comer. (FM)


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