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ÁFRICA DO ALTO
Crocodilos atravessam passeio pelo rio Kunene
Depois de avistar os répteis na fronteira com Angola, roteiro segue para a reserva natural de 22 mil km2
DO ENVIADO ESPECIAL À NAMÍBIA
No penúltimo dia de viagem,
a aventura da manhã é desbravar as águas do rio Kunene, e isso inclui atravessar corredeiras
e encontrar crocodilos e aves
pelas margens desse rio que
marca a divisa entre Namíbia e
Angola. Precioso recurso para
os ribeirinhos angolanos e para
os himbas, o Kunene flui num
cenário desértico e é um dos
cinco rios perenes da Namíbia.
O passeio segue até que, ao
longe, o guia avista o primeiro
crocodilo nas margens arenosas do rio. O barco se aproxima
delicadamente e chega a menos
de cinco metros do réptil que,
num instante, corre para dentro da água e desaparece.
O Kunene é repleto de corredeiras, que dão banhos frequentes nos visitantes. A cada
corredeira, a emoção é garantida não apenas pelo movimento
da embarcação mas também
pela chance de ver, dessa vez,
um enorme crocodilo, que se
assusta com a embarcação.
Ele mergulha para dentro da
água, e, acima da superfície do
rio, dá só para ver uma parte da
cabeça e os olhos do animal.
Mas é por pouco tempo. Num
instante, ele submerge totalmente e desaparece.
Quando a fome começa a bater, o barco para na margem do
rio para que a turma possa fazer
um lanche. Com o fim do trajeto no rio, de volta ao acampamento, é hora de embarcar no
teco-teco, agora rumo ao parque nacional Etosha.
O voo sobre o Etosha dá um
aperitivo da grandeza dessa reserva natural. São mais de 22
mil km2, onde vivem mais de
114 espécies de mamíferos, 50
tipos de serpentes e 340 variedades de aves. É uma das mais
importantes áreas de preservação da vida selvagem da África.
O teco-teco pousa numa pista simples próxima ao parque e
o piloto-guia Andre Schoeman
se despede. Minutos antes ele
havia contado que, por muitos
anos, prestou serviços para a
Força Aérea da África do Sul e
obteve licença de piloto antes
mesmo de ter carteira de motorista. Admirador do deserto, foi
o primeiro a desbravar a rota
de Hartmannberge até Kunene
Camp.
(DANILO VERPA)
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