São Paulo, quinta-feira, 02 de abril de 2009

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ÁFRICA DO ALTO

Crocodilos atravessam passeio pelo rio Kunene

Depois de avistar os répteis na fronteira com Angola, roteiro segue para a reserva natural de 22 mil km2

DO ENVIADO ESPECIAL À NAMÍBIA

No penúltimo dia de viagem, a aventura da manhã é desbravar as águas do rio Kunene, e isso inclui atravessar corredeiras e encontrar crocodilos e aves pelas margens desse rio que marca a divisa entre Namíbia e Angola. Precioso recurso para os ribeirinhos angolanos e para os himbas, o Kunene flui num cenário desértico e é um dos cinco rios perenes da Namíbia.
O passeio segue até que, ao longe, o guia avista o primeiro crocodilo nas margens arenosas do rio. O barco se aproxima delicadamente e chega a menos de cinco metros do réptil que, num instante, corre para dentro da água e desaparece.
O Kunene é repleto de corredeiras, que dão banhos frequentes nos visitantes. A cada corredeira, a emoção é garantida não apenas pelo movimento da embarcação mas também pela chance de ver, dessa vez, um enorme crocodilo, que se assusta com a embarcação.
Ele mergulha para dentro da água, e, acima da superfície do rio, dá só para ver uma parte da cabeça e os olhos do animal. Mas é por pouco tempo. Num instante, ele submerge totalmente e desaparece.
Quando a fome começa a bater, o barco para na margem do rio para que a turma possa fazer um lanche. Com o fim do trajeto no rio, de volta ao acampamento, é hora de embarcar no teco-teco, agora rumo ao parque nacional Etosha.
O voo sobre o Etosha dá um aperitivo da grandeza dessa reserva natural. São mais de 22 mil km2, onde vivem mais de 114 espécies de mamíferos, 50 tipos de serpentes e 340 variedades de aves. É uma das mais importantes áreas de preservação da vida selvagem da África.
O teco-teco pousa numa pista simples próxima ao parque e o piloto-guia Andre Schoeman se despede. Minutos antes ele havia contado que, por muitos anos, prestou serviços para a Força Aérea da África do Sul e obteve licença de piloto antes mesmo de ter carteira de motorista. Admirador do deserto, foi o primeiro a desbravar a rota de Hartmannberge até Kunene Camp. (DANILO VERPA)



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