São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011 |
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Esculturas de sal ganham cores vivas com pôr do sol Superfície rugosa é cortada por lagoas com diferentes tipos de flamingo Nesse cenário de ar imponente, os detalhes também chamam a atenção, como padrões das formações de sal
DA ENVIADA A SAN PEDRO DE ATACAMA De longe, o salar de Atacama dá a ideia de uma planície onde choveu cimento: uma superfície pedregosa e esbranquiçada. Um olhar de perto revela algo mais delicado. São esculturas de sal que cobrem cerca de 3.000 quilômetros quadrados, área rodeada por montanhas e vulcões e recortada por lagoas que abrigam diferentes tipos de flamingo. De uma estrada mais larga que margeia uma parte da lagoa, trilhas estreitas cortam a planície pedregosa. Em um cenário tão grandioso, fascinam os detalhes. O sal constrói estruturas intrincadas, recortadas e porosas. A superfície rugosa difere o salar do Atacama do vizinho Uyuni, na Bolívia, que apresenta área plana (leia acima). Menor que Uyuni, o salar do Atacama é a maior fonte ativa de lítio do mundo. Aqui é preciso redobrar o cuidado com o sol. Assim como a neve, as esculturas de sal refletem sua luz, potencializando o risco de queimaduras. Pelo mesmo motivo, os óculos escuros são indispensáveis no passeio. Com o cair da tarde, as pedras e cristais de sal começam a refletir as cores do pôr do sol no deserto, passando por tons de roxo, amarelo forte e laranja. A chegada da noite é responsável pelo ápice do passeio. Enquanto, de um lado, o sol se põe atrás dos picos, transformando as lagoas em espelhos, do outro lado a lua cheia sobe por cima dos vulcões da cordilheira Domeyko, em uma visão simultânea que parece pertencer somente a esse lugar peculiar. (MARINA DELLA VALLE) Texto Anterior: Bolívia: Uyuni tem superfície plana que reflete céu Próximo Texto: No vale da Lua, a aridez se mostra em formações naturais Índice | Comunicar Erros |
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