São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2010

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Lagos claros e paisagens até parecem uma pintura

Vulcões com picos nevados servem de moldura para águas cristalinas

Passeio de catamarã atravessa lago de Todos os Santos até o vilarejo de Peulla, no parque Vicente Perez Rosales

Marina Della Valle/Folhapress
Os vulcões Osorno e Calbuco vistos do meio do lago de Todos os Santos

ENVIADA AO CHILE

Conforme o ônibus se aproxima de Petrohué -ponto de partida para um passeio pelo lago de Todos os Santos-, revela uma paisagem com um quê de pintura.
O rio que margeia a estrada tem uma cor esverdeada, clara, diferente. O céu está livre de nuvens. A terra é cinza-chumbo. Imponente, um vulcão de pico nevado toma conta do horizonte.
O vulcão, que guarda uma certa semelhança com a imagem que fazemos do monte Fuji, no Japão, é o Osorno. Impressionante, é o primeiro de uma sucessão de vulcões e montanhas nevadas que emolduram o passeio de catamarã que atravessa o lago de Todos os Santos.
O catamarã, com capacidade para mais de 300 pessoas, vai até Peulla, vilarejo do outro lado do lago de águas claras (e geladas). A ida dura quase duas horas e, depois de tempo para almoçar ou aproveitar uma das atividades oferecidas em Peulla, o catamarã parte, às 16h30, de volta a Petrohué.
A ida a Peulla é apenas a metade da chamada "travessia dos lagos", itinerário entre Puerto Montt e Bariloche, na Argentina, que mescla trechos por terra e pela água.
Quem prefere ficar no Chile ou não tem tempo para fazer a travessia completa não se decepciona com a ida até Peulla. Não faltam paisagens estonteantes para fazer da experiência algo marcante.
É difícil tirar os olhos das montanhas que rodeiam o lago enquanto a embarcação avança. Depois de um tempo, os vulcões Osorno e Calbuco ficam para trás, enquanto novos picos nevados se revelam, sempre com vegetação verde até a neve -as árvores, perenes, não perdem as folhas no outono.
Logo se avista o vulcão Puntiagudo, que, como diz o nome, termina em um cume estreito. Mais perto de Peulla surge o vulcão Tronador.

PARQUE NACIONAL
Peulla está encravada no parque nacional Vicente Perez Rosales, o mais antigo do Chile. Ali fica o centenário hotel Peulla, ladeado por uma versão mais moderna, onde é possível almoçar sem tirar os olhos da bela vista que rodeia o local.
As excursões e atividades em Peulla são vendidas no catamarã. Entre as opções, cavalgadas pelo parque nacional, passeios pelo lago em embarcações menores e excursões em um veículo adaptado, estilo safári, pela natureza intocada do local.
Ao lado do hotel há baias com animais como lhamas, alpacas, avestruzes e mesmo galinhas de raças diferentes, algumas com aspecto bem curioso. Dóceis, os animais são um hit entre as crianças.
Há também a possibilidade de fazer um passeio em barco de motor de popa pelo Negro, rio raso de águas geladas que segue entre as montanhas. No entanto, há no máximo duas saídas por dia, por motivos de preservação do local.
No começo do mês de novembro, arbustos cobertos de flores amareladas tomavam boa parte das margens do lago e das ilhotas e áreas de terra em torno de Peulla. E o que parecia impossível acontece: a paisagem fica ainda mais linda.
(MARINA DELLA VALLE)


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