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Casinhas coloridas alegram Valparaíso
Recanto onde o Pablo Neruda viveu lembra muito Santa Teresa, no Rio
Funiculares levam a belvederes no alto da região portuária, mas turistas também podem subir os morros a pé
ENVIADA AO CHILE
Com o mar à frente, é impossível não pensar no poeta
Pablo Neruda compondo em
sua casa conhecida por La
Sebastiana, em Valparaíso, a
cerca de 130 km da capital e
vizinha de Viña del Mar.
São cinco andares, decorados pelo poeta. As janelas
que lembram claraboias são
apenas um dos símbolos que
lembram a paixão por tudo o
que era relativo ao mar.
O poeta viveu nessa casa,
ainda mais surpreendentemente louca que a de Santiago, desde 1961, quando fez
uma festa para inaugurar La
Sebastiana -o nome homenageava o primeiro proprietário e construtor do imóvel,
estreito e cheio de escadas.
Ali ele passou o último Réveillon de sua vida, na virada
do ano 1972 para 1973. Como
La Chascona, esta casa também
foi saqueada. Anos depois,
passou por uma restauração
e, em 1991, foi aberta para visitação pela Fundação Pablo
Neruda (www.fundacionneruda.org).
Para subir até a casa de Neruda paga-se R$ 7 de táxi ou
R$ 1,20 de "colectivo", que
são táxis usados por passageiros que não se conhecem,
mas que vão ao mesmo destino. A entrada na casa custa
cerca de R$ 10.
Se preferir, é possível também subir ou descer a pé.
Sem custo nenhum, e apreciando o amontoado de casas coloridas que tanto encantavam o poeta.
Na parte baixa da cidade
portuária, chamada carinhosamente de Valpo, prédios
antigos se escondem atrás de
emaranhados de fios.
Seguindo pela avenida
Condell, chega-se ao funicular para subir o morro Concepção (R$ 1). Lá em cima,
procure o Café Turri
(www.turri.cl). Mesmo que
pareça fechado, toque a campainha. E, se estiver um dia
ensolarado, peça para se sentar no lado de fora ou próximo às janelas. A vista dali para o mar é uma das mais cênicas da cidade.
Para abrir o apetite, um
pisco sour (R$ 8), bebida à
base de uva, cuja origem é
discutida entre Chile e Peru.
Como prato principal, a reineta, peixe branco da região,
é uma boa pedida (R$ 24).
Depois, passeie pelas ruelas cheias de casinhas de
época, que lembram bastante o bairro carioca de Santa
Teresa. Dê uma paradinha no
Museu Lukas (www.lukas.cl), que tem charges da
vida santiaguina feitas pelo
desenhista Renzo Pecchenino (1934-1988).
Italiano, ele se mudou
com os pais para Valparaíso
com um ano. Com cerca de
20 anos, publicou sua primeira ilustração em um jornal. Continuou colaborando
com diários e revistas, com
muitas pitadas de humor. No
café do museu, peça a panqueca Lukas (R$ 9), com sorvete. Vale cada caloria!
MAIS HISTÓRIA
De volta à parte baixa da
cidade, veja o Relógio Turri.
Construído no início do século passado, mostra a riqueza
com que a cidade conseguiu
se reerguer após um grande
terremoto, em 1906.
Na praça Sotomayor, o
monumento aos Heróis de
Iquique homenageia os homens que lutaram na Guerra
do Pacífico (1879-1883) e é
uma das principais atrações
do município.
Quase em frente ao monumento está o porto, onde, por
cerca de R$ 5,50, é possível
fazer um passeio de barco pela costa da região. Ainda no
porto, barracas vendem artesanato local.
(LUISA ALCANTARA E SILVA)
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