|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O que vem por aí
China ameaça posto da França de maior destino turístico
O país ganha ainda mais força com a Olimpíada de Pequim; no Brasil, o problema continua na falta de vôos
Stringer - 1.jan.2008/Reuters
|
|
Cerimônia com 2008 casais na cidade de Xiamen, na China, comemora a chegada do ano em que Pequim será a sede dos jogos olímpicos; evento deve alavancar ainda mais o turismo no país
DA REDAÇÃO
Esta edição mostra tendências e novidades do mundo do
turismo em 2008.
Neste ano que começou anteontem, é provável que as viagens para a China, movidas pela Olimpíada em Pequim (en.beijing2008.cn), aumentem
significativamente.
Cerca de 50 milhões de turistas estrangeiros foram para o
gigante asiático em 2006. E as
projeções sugerem que, muito
antes de 2020 -ano em que se
esperava que a China (www.cnto.org) alcançasse a França,
hoje o país que mais recebe turistas no mundo- o posto de
maior destino turístico do globo migre para o Oriente.
Todavia, a França (www.franceguide.com) ainda é o
primeiro no receptivo internacional, pois 70 milhões de pessoas visitam o país a lazer. Em
seguida vêm Espanha
(www.spain.info), com 60
milhões, e Itália (www.enit.it) e EUA (www.seeamerica.org; www.tia.org), cada
um com cerca de 50 milhões.
De olho no crescimento dessas cifras, metrópoles engendram atrações turísticas e realizam campanhas para melhorar seus serviços. Nova York
(www.nycvisit.com), sozinha, pretende receber, até
2015, 50 milhões de turistas
anualmente. Para tanto, lançou
em 2007 a campanha "Just Ask
the Locals", que pretende tornar a imagem do nova-iorquino mais simpática e cordial.
Doméstico
No Brasil, com a crise aérea
ainda no horizonte, o problema
deverá ser conectividade, especialmente em vôos domésticos.
O país terá, em 2008, um incremento de projetos na hotelaria, segmento que cresceu e se
modernizou com a chegada de
redes internacionais e a construção de hotéis de todas as categorias em grandes cidades e
resorts, principalmente no
Nordeste. Muitas redes familiares estão sendo compradas
por investidores estrangeiros.
O país terá, portanto, um upgrade de equipamentos, mas a
conectividade, ou seja, a oferta
de vôos, ainda será um problema no mercado interno.
A revolução no turismo, especialmente no Nordeste, conseqüência principalmente dos
vôos diários e diretos de companhias estrangeiras entre capitais nordestinas e européias,
deve continuar trazendo bons
frutos -moeda forte- para o
turismo brasileiro.
Por outro lado, o ano se inicia
ainda com as companhias aéreas brasileiras necessitando
de aviões maiores, seja para
voar para destinos mais distantes dentro do continente, seja
para alcançar aeroportos na
Europa e nos EUA.
As duas grandes fabricantes
de aviões comerciais -a norte-americana Boeing e a européia
Airbus- atrasaram no desenvolvimento de seus megaaviões, a saber o Boeing-787/
Dreamliner e o Airbus A-380.
Agora, com esses gigantes entrando em operação, diversos
outros aviões, como os Boeings
B-747/Jumbo e o B-777, devem
ser liberados pelas companhias
aéreas norte-americanas e européias, passando a voar em rotas no hemisfério Sul, resolvendo em parte o déficit de grandes
jatos no Brasil.
Os cruzeiros marítimos, que
vêm crescendo nos últimos
anos, se firmam como um segmento forte no verão. Nesta
temporada, estima-se que 400
mil pessoas embarquem em
portos brasileiros.
Novas viagens
A partir do Brasil, os vôos para a América do Norte têm mais
freqüências aprovadas do que
utilizadas. Com isso, espera-se
um incremento de viagens dos
e para os EUA já no início de
2008, sendo a grande novidade
os anunciados vôos diretos para Los Angeles (www.discoverlosangeles.com), o que
abre os caminhos para o Japão
(www.jnto.go.jp) e o Oriente.
Na América do Sul, a oferta
maciça de vôos para Buenos Aires (www.bue.gov.ar) e o
câmbio favorável alavancam
viagens em todas as épocas do
ano. De julho a setembro, os
brasileiros deverão procurar
pistas de esqui argentinas. Para
o Chile (www.sernatur.cl), há
uma boa variedade de vôos para Santiago e a tendência é a de
que muitos brasileiros também
procurem a neve chilena.
A Cidade do México (www.visitmexico.com) também terá mais freqüências, e Cancún
pode voltar à lista de favoritos
de brasileiros no Caribe.
A África do Sul (www.southafrica.net), já embalada pelos
preparativos para a Copa do
Mundo de 2010, começa a entrar forte nos roteiros brasileiros. E há operadores que, durante o evento esportivo, oferecerão pacotes que aliam futebol a selva e natureza.
No continente africano,
Luanda, capital de Angola
(www.consuladodeangola.org), começa a entrar na rota internacional, com vôos diretos do Brasil. O destino também está recebendo vôos provenientes da Europa desde que
suas praias foram declaradas livres de minas anti-humanas,
numa campanha que, aliás, foi,
no passado, capitaneada por
Lady Di, morta há dez anos.
Os dois maiores destinos para o turista brasileiro no exterior continuarão sendo Europa
e EUA. E, a permanecer a dificuldade para obtenção de vistos para turistas nos EUA, a
Europa, que não exige esse documento, continua beneficiada. Mesmo o dólar em baixa e o
euro em alta em relação ao real
não desfazem a tendência.
Texto Anterior: O que vem por aí no mundo do Turismo Próximo Texto: O que vem por aí: Orlando terá novo parque aquático a partir de março Índice
|