São Paulo, quinta-feira, 03 de fevereiro de 2011

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La Paz alia trânsito ruim e cenas típicas

Rua das Bruxas vende roupas multicoloridas, suvenires bem exóticos, chá de coca e até fetos de lhama secos

Fazem sucesso as balas à base de coca, chás da folha e penduricalhos com as típicas listras coloridas bolivianas

DO ENVIADO À BOLÍVIA

Parece estranha a ideia de ter sua sorte lida, na rua, em folhas de coca? E poder comprar fetos secos de lhama em barraquinhas? Em meio ao trânsito caótico que permeia toda a cidade de La Paz, nada disso é incomum na curiosa rua das Bruxas.
Esses e outros objetos peculiares estão entre os mais diversos suvenires do logradouro. Calças típicas (largas e confortáveis, em cores vibrantes ou mesmo mais discretas) podem sair por 40 bolivianos (R$ 10). Costumam fazer sucesso as balas à base de coca, chás da folha e os mais diversos penduricalhos com as tradicionais listras coloridas, típicas na Bolívia.
Cravada entre montanhas que fazem parte da cordilheira dos Andes, o município está em um vale a 3.640 metros de altitude. Constitucionalmente, Sucre é a capital do país, mas La Paz é considerada a capital executiva e legislativa dos bolivianos.
Embora, ao menos uma vez, seja interessante utilizar o transporte público -baratíssima, a passagem de ônibus custa apenas 1 boliviano (R$ 0,25)-, use e abuse do táxi. As corridas, combinadas previamente com os taxistas, raramente passam dos 10 bolivianos (R$ 2,50).
Antes do pôr do sol, peça para que um motorista dirija até a praça Mirador, no bairro de Sopocachi, e aproveite a vista panorâmica da cidade. De lá, algumas quadras adiante, é possível encontrar diversos bares e restaurantes, um ao lado do outro.
Se quiser tomar café da manhã tal qual os locais, vá a um dos mercados de La Paz e peça o api, bebida quente e forte, feita de milho, canela e cravo. Gostoso? "Muito! Tome com o pastel [frito e açucarado]", recomenda uma chola, saboreando o combo.

AS CHOLITAS
As cholas, mulheres aimarás e mestiças facilmente reconhecidas por suas vestimentas características, são um dos ícones de La Paz.
Elas estão por todas as partes: vendendo gelatina ou saltenha nas ruas, carregando seus filhos nas costas ou apenas passeando em trajes incrementados com objetos e tecidos nobres.
Esse modo de vestir tem origem nos tempos coloniais, quando as indígenas eram obrigadas a se produzirem como as espanholas. A polera, grande saia em camadas, chega a ter até cinco metros de tecido. Completa o visual um marcante chapeu-coco, sempre bem preso à cabeça.
(RAFAEL MOSNA)


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