O baiano, que não dispensa o trivial brasileiro, revela locais que freqüenta na cidade onde vive há 11 anos

PRISCILA PASTRE-ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL

No último sábado, Tony Kanaan, 33, não venceu por pouco o GP de Homestead, nos arredores de Miami, a primeira prova da F-Indy em 2008. Faltavam sete voltas e ele liderava a prova ao se envolver num acidente. Em plena temporada -a próxima corrida será o GP de São Petersburgo (Flórida), no dia 6-, Kanaan contou à Folha os locais que freqüenta em Miami, onde mora há 11 anos.

 

FOLHA - Você disse que Miami "tem a cara do Brasil". Por quê?
TONY KANAAN - O clima e o ambiente são muito parecidos. Nos EUA, não tenho dúvida de que é o local mais parecido. Ao passar pela avenida da praia de Miami Beach, vem a sensação de estar no litoral brasileiro. A quantidade de brasileiros que moram aqui também ajuda para Miami ter o jeito do Brasil.

FOLHA - Onde você vai em Miami quando quer se divertir?
KANAAN - Adoro desde o Tutto Pasta (www.tuttopasta.com) até as churrascarias brasileiras, como o Porcão (www.porcao.com.br). Como tenho uma cozinheira brasileira, sou privilegiado: adoro arroz, feijão, bife e batata frita.

FOLHA - Algum museu?
KANAAN - Vou muito ao museu Vizcaya (www.vizcayans.org), um lugar fantástico, repleto de história.

FOLHA - Algum programa para os fãs de corridas?
KANAAN - O autódromo de Homestead (www.homesteadmiamispeedway.com) tem inúmeros eventos. Além da etapa que abre a temporada da F-Indy, o circuito recebe provas da Nascar e Ferrari-Challenge. Há ainda o Miami Motor Show, em março, uma feira de automóveis com as principais montadoras mundiais.

FOLHA - Onde você passeia nos finais de semana em Miami?
KANAAN - Um passeio legal é o Parrot Jungle Island (www.parrotjungle.com), uma mistura de parque, zôo e jardim botânico. Até adotei um macaco lá -e sempre o visito. Adoro macacos. Outro lugar é o Miami Seaquarium (www.miamiseaquarium.com). Tem show com golfinhos, tartarugas gigantes e atrações nas piscinas.

FOLHA - O que Miami tem que o Brasil não tem? E vice-versa?
KANAAN - Segurança. A gente anda mais tranqüilo em Miami do que no Brasil. Mas o Brasil é minha casa e espero voltar. Uma coisa que tende a ser igual a São Paulo é o trânsito.

FOLHA - Você nasceu em Salvador, morou em São Paulo e vive em Miami. Poderia falar dessas cidades?
KANAAN - Embora muito diferente na arquitetura, o clima de Salvador lembra Miami. É lugar que transmite alegria. Já São Paulo é mais fechada e agitada, parece o centro de Miami.

FOLHA - A fusão da IRL (Indy Racing League) e da Champ Car muda a F-Indy? Quais as suas chances?
KANAAN - A fusão era necessária, só vejo pontos positivos. Sobre a temporada, o GP de Miami estava na nossa mão, mas são coisas que acontecem. Não tinha o que fazer para evitar aquele toque. Mas foi um grande começo, fizemos uma prova bem forte e vamos brigar pelo bicampeonato.


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