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VERÃO 2007, FOLIA NO MAR
Navegação cresce e vive recordes no país
Temporada atual da costa brasileira ganhou três navios e 241 escalas em relação à de 2005/2006
DA REDAÇÃO
Se nem tudo vai bem nos aeroportos, nos portos há o que
comemorar. Os doze navios e
mais de 300 mil pessoas que
passarão por eles neste verão
não são apenas recordes, mas
também sinalizadores de que a
temporada 2007/2008 terá
procura ainda maior. As companhias italianas MSC e Costa
Cruzeiros, por exemplo, acrescentarão um terceiro navio aos
dois que trouxeram agora, cada
uma, à costa do país.
Na penúltima temporada, foram 399 escalas em 13 portos;
na última, 677 escalas em 17; na
atual, 918 em 17. Há cinco anos,
o total de passageiros era cinco
vezes menor que o de agora, segundo a Associação Brasileira
de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar).
O argentino Roberto Fusaro,
diretor da MSC para a América
Latina, afirma que "não é do interesse da empresa" que haja
crise no sistema aéreo brasileiro, mas admite que parte dos
turistas migrou dos pacotes aéreos para os marítimos.
Na temporada atual, quase
todos os bilhetes já foram vendidos, restando opções nem
sempre nas cabines mais em
conta e, às vezes, apenas nas
mais caras. As 918 escalas serão
distribuídas em 198 escalas em
Santos, 130 em Búzios, 96 no
Rio, 65 em Fernando de Noronha, 61 em Angra dos Reis, 55
em Recife, 51 em Natal e 43 em
Salvador, entre outras.
São todos lugares com seus
devidos atrativos, em que o cruzeirista pode despender boa
parte de um dia em programação própria ou oferecida pela
companhia e paga à parte. Isso
se não ficar com preguiça de desembarcar -quase todas as
embarcações têm boate, piscina, cassino, biblioteca, spa. Algumas oferecem bons vinhos a
preços razoáveis e alta gastronomia incluída no pacote; outras, quadras de futebol e de
basquete, toboágua, minigolfe e
shows com artistas nacionais
conhecidos, nomes como Toquinho e Roberto Carlos.
Um atrativo com que as paradas marítimas brasileiras nem
sempre contam, no entanto, é
com um bom porto. No de Santos, apesar de ampliações, há
casos de congestionamento e
alguma confusão tanto no embarque como no desembarque
por causa do imenso fluxo de
navios. O porto
do Rio tem infra-estrutura
pouco condizente com o fluxo
de passageiros, e por aí vai.
Mas os preços abaixam e, se
uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Abremar deste
ano constatou que os cruzeiristas tendem a ter renda mensal
superior a R$ 5 mil, talvez esse
número caia nos próximos
anos. Há minicruzeiros de quatro dias em navios menos suntuosos a partir de US$ 189 e minicruzeiros de três dias nos navios de primeira classe a partir
de US$ 300.
Além disso, para a próxima
temporada as empresas marítimas terão diversas novas promoções. Principalmente para
quem se programar e comprar
sua passagem para a temporada 2007/2008 até o final de
março, há benefícios como terceiro hóspede grátis, "upgrade"
de cabine e bônus para passagens aéreas, no caso do passageiro que for sair da sua cidade
para porto em outro Estado.
Entre os que já fizeram pelo
menos um cruzeiro na vida, revela a pesquisa da Fipe e da
Abremar, 95% pretendem repetir a experiência.
(THIAGO MOMM)
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