|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUROPA NOS TRILHOS
Epicentro de Bruxelas é a Grand Place, uma obra-prima da arquitetura barroca com toques góticos
Ponto de partida do Eurostar, Bruxelas tem arte em tudo
DO ENVIADO ESPECIAL À EUROPA
Bruxelas respira e transpira
arte: nas estações de trem e de
metrô, nas paredes e nos museus. Ponto de partida do Eurostar para Londres (tenha seu
passaporte à mão ao embarcar!), a capital desse pequeno
grande reino cuja área -30.528
km 2- é igual a um décimo do
território do Maranhão, tem, já
na estação ferroviária Bourse
Beurs, aberta em 1970 embaixo
da bolsa de valores, obras de artistas como Paul Delvaux.
Com 140 mil habitantes,
Bruxelas (www.brusselsinternational.be) é eclética, se
presta a uma visita frenética de
apenas um dia, ou, melhor, a
estadas longas, especialmente
para quem aprecia boa pintura,
chocolate e gastronomia.
No entorno da Grand Place, a
cada 300 m, é possível alugar
bicicletas por três horas pagando 1,50. Como tudo é perto
nessa capital, que foi cenário
das decisões que engendram a
formação da Comunidade Europeia, andar a pé ou de bicicleta revela preciosidades. Aqui e
ali é fácil identificar prédios art
nouveau, estilo concebido em
Bruxelas, pouco antes de 1900,
por Victor Horta (1861-1947).
Mas o epicentro da capital
belga, a Grand Place, é de fato,
uma obra-prima da arquitetura
barroca com toques góticos
-essa praça reconstruída entre
1696 e 1699, depois de destruída pelo rei francês Luís 14.
Sem grande exagero, o poeta
francês Jean Cocteau (1889-1963) chamou a Grand Place de
"a sala de visitas da Europa" e,
assim, não importa quantas
horas -ou dias- você vai ficar:
comece sua visita por lá.
Ali -e nos arredores-, é que
estão as lojas dos renomados
chocolates belgas -há marcas
como Leonidas e Godiva- e a
lojinha de biscoitos Maison J.
Dandoy (www.biscuteriedandoy.be/), que produz
amanteigados desde 1829.
Para acompanhar um dos
400 tipos de cerveja produzidos na Bélgica, o prato típico é
a onipresente caldeirada de
mexilhões na casca com batatas fritas ("moulles e frites").
Num passeio por Bruxelas, o
guia Didier Rochette esclarece
segredos gastronômicos que
você dispensaria saber: "o autêntico mesmo é fritar as batatas em óleo extraído da carne
de cavalo ou de boi, servi-las
em cones de papel com maionese, nunca com catchup."
Tintim por tintim
Tintin, o simpático herói saído da prancheta do cartunista
belga Hergé (1907-1983), é figura fácil numa cidade que cultua os quadrinhos em pichações e festivais (www.brusselscomics.com). Mas o compromisso contemporâneo com
as artes plásticas dessa capital
flamenga remete a artistas de
primeira grandeza, caso do
simbolista-sarcástico James
Ensor (1860-1949), autor de
"Entrada de Cristo em Bruxelas", e do surrealista-metafísico
René Magritte (1898-1967).
Texto Anterior: Diárias em Montreux e Basel Próximo Texto: Diária em Bruxelas Índice
|