São Paulo, quinta-feira, 04 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ROTA SAGRADA

Centenário de Tel Aviv é tema de exposição

Museu de Berlim revela descontração em fotos

MAURÍCIO MORAES
DA REDAÇÃO

Cem anos é quase nada em terras milenares como as de Israel. Mesmo "jovenzinha", Tel Aviv já tem bastante a contar e muito mais a oferecer a seus visitantes. Em seu centenário, ela se mostra em poses nada comportadas e ora surpreendentes, em duas mostras de fotografia no Museu Judaico de Berlim.
Na exibição "Tel Aviv Pelas Lentes de Fotógrafos da Magnum", a cidade exibe seu lado descontraído, captado por fotógrafos da agência Magnum, ao longo das últimas seis décadas.
Uma das fotos mostra uma partida de xadrez à beira-mar, clicada pelo cultuado fotógrafo americano Robert Capa, em 1948, ano da fundação do Estado de Israel.
Já Patrick Zachmann, numa foto de 1998, flagra um menino ortodoxo fumando durante a festa do Purim. Há ainda fotos de Leonard Freed, David Seymour e Erich Hartmann.
O museu também hospeda a exibição fotográfica "De Berlim a Tel Aviv: A Fotógrafa Frieda Mayer". Mayer chegou a Tel Aviv em 1933 e fotografou o dia a dia da cidade entre 1930 e 1950. Seu trabalho mostra trabalhadores no porto de Jaffa e cenas cotidianas da cidade.

Museu Judaico
A instituição que conta a história do povo judeu em Berlim funciona em um dos edifícios mais cultuados da arquitetura contemporânea.
O novo projeto arquitetônico, inaugurado em 2001, é do polonês-americano Daniel Liebskind. Ele também é responsável pela "Liberty Tower", o complexo que vai ocupar o endereço do antigo World Trade Center, em Nova York.
Com museologia moderna, além de mostras temporárias, o museu tem um acervo grandioso, com peças que contam a história, a diáspora e o Holocausto do povo judeu.
Além das peças -como obras de arte, livros e peças encontradas em campos de concentração ao fim da Segunda Guerra Mundial-, a arquitetura funciona como elemento importante na museologia.
Um dos pontos mais intrigantes é uma pequena sala, onde o visitante fica trancado por alguns minutos.
O pé-direito altíssimo, num ambiente sem ruído algum, transmite uma uma sensação incômoda ao visitante, uma forma de lembrar o sofrimento do povo judeu nos campos de extermínio.
O Museu Judaico recebe mais de 300 mil visitantes por ano e é um dos lugares mais procurados pelos turistas na capital alemã.


MUSEU JUDAICO DE BERLIM
Lindenstrasse, 9, tel.: 00/xx/49/ 30/25993-300; 10h às 17h; 5
www.jmberlin.de


Texto Anterior: Rota sagrada: Área tem 4.000 prédios no estilo Bauhaus
Próximo Texto: Magnum viu a cidade crescer
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.