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ROTA SAGRADA
Centenário de Tel Aviv é tema de exposição
Museu de Berlim revela descontração em fotos
MAURÍCIO MORAES
DA REDAÇÃO
Cem anos é quase nada em
terras milenares como as de Israel. Mesmo "jovenzinha", Tel
Aviv já tem bastante a contar e
muito mais a oferecer a seus visitantes. Em seu centenário, ela
se mostra em poses nada comportadas e ora surpreendentes,
em duas mostras de fotografia
no Museu Judaico de Berlim.
Na exibição "Tel Aviv Pelas
Lentes de Fotógrafos da Magnum", a cidade exibe seu lado
descontraído, captado por fotógrafos da agência Magnum, ao
longo das últimas seis décadas.
Uma das fotos mostra uma
partida de xadrez à beira-mar,
clicada pelo cultuado fotógrafo
americano Robert Capa, em
1948, ano da fundação do Estado de Israel.
Já Patrick Zachmann, numa
foto de 1998, flagra um menino
ortodoxo fumando durante a
festa do Purim. Há ainda fotos
de Leonard Freed, David Seymour e Erich Hartmann.
O museu também hospeda a
exibição fotográfica "De Berlim
a Tel Aviv: A Fotógrafa Frieda
Mayer". Mayer chegou a Tel
Aviv em 1933 e fotografou o dia
a dia da cidade entre 1930 e
1950. Seu trabalho mostra trabalhadores no porto de Jaffa e
cenas cotidianas da cidade.
Museu Judaico
A instituição que conta a história do povo judeu em Berlim
funciona em um dos edifícios
mais cultuados da arquitetura
contemporânea.
O novo projeto arquitetônico, inaugurado em 2001, é do
polonês-americano Daniel
Liebskind. Ele também é responsável pela "Liberty Tower",
o complexo que vai ocupar o
endereço do antigo World Trade Center, em Nova York.
Com museologia moderna,
além de mostras temporárias, o
museu tem um acervo grandioso, com peças que contam a história, a diáspora e o Holocausto
do povo judeu.
Além das peças -como obras
de arte, livros e peças encontradas em campos de concentração ao fim da Segunda Guerra
Mundial-, a arquitetura funciona como elemento importante na museologia.
Um dos pontos mais intrigantes é uma pequena sala, onde o visitante fica trancado por
alguns minutos.
O pé-direito altíssimo, num
ambiente sem ruído algum,
transmite uma uma sensação
incômoda ao visitante, uma
forma de lembrar o sofrimento
do povo judeu nos campos de
extermínio.
O Museu Judaico recebe
mais de 300 mil visitantes por
ano e é um dos lugares mais
procurados pelos turistas na
capital alemã.
MUSEU JUDAICO DE BERLIM
Lindenstrasse, 9, tel.: 00/xx/49/
30/25993-300; 10h às 17h; 5
www.jmberlin.de
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