São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2005

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Vinicultura renasceu sob a ditadura

DA REDAÇÃO

A história da produção de vinho no Chile começa com a chegada dos espanhóis, que plantaram os primeiros vinhedos ali por volta de 1550.
Trezentos anos depois, em 1851, o aristocrata Don Silvestre Ochagavia trouxe da Europa parreiras de castas tradicionais -as chamadas Vitis vinifera- e as plantou em sua propriedade, perto da capital.
Pouco tempo depois, Ochagavia importou o enólogo francês Joseph Bertrand para comandar a sua produção.
Logo após a incursão européia de Ochagavia, Jose Tomas Urmeneta, Maximiniano Errazuriz e seu filho Rafael Errazuriz Urmeneta também plantaram exemplares trazidos por eles da Europa em Panquehue, no vale do Aconcágua, onde a vinícola Errazuriz funciona até hoje e dá ao seu vinho premium o nome de Dom Maximiano, em homenagem ao patriarca e pioneiro.
Em 1938, 108 mil hectares de terras chilenas eram tomados pelo cultivo de vinhas. Mas, no ano seguinte, a imposição de limites legais para a produção de bebidas alcoólicas brecou a indústria vinífera. Nessa época, o consumo interno da bebida desabou.
Para piorar, com a Segunda Guerra Mundial, a exportação de vinhos caiu a quase zero.
Foi na ditadura militar que a indústria do vinho voltou a se restabelecer. As exportações e importações foram incentivadas. Enquanto importava maquinário e barris de carvalho, o Chile exportava vinho e os filhos da aristocracia, que iam estudar técnicas de vinificação na Europa e nos EUA.
Quando, em 1990, o Chile viveu a redemocratização, as vinícolas já contavam com equipamento de ponta e enólogos formados no exterior. Foi nessa época que a produção do país cheio de vales ganhou ganhou espaço no mapa da vinicultura mundial.

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