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Vinicultura renasceu sob a ditadura
DA REDAÇÃO
A história da produção de
vinho no Chile começa com a
chegada dos espanhóis, que
plantaram os primeiros vinhedos ali por volta de 1550.
Trezentos anos depois, em
1851, o aristocrata Don Silvestre Ochagavia trouxe da Europa parreiras de castas tradicionais -as chamadas Vitis vinifera- e as plantou em sua
propriedade, perto da capital.
Pouco tempo depois, Ochagavia importou o enólogo
francês Joseph Bertrand para
comandar a sua produção.
Logo após a incursão européia de Ochagavia, Jose Tomas
Urmeneta, Maximiniano Errazuriz e seu filho Rafael Errazuriz Urmeneta também plantaram exemplares trazidos por
eles da Europa em Panquehue,
no vale do Aconcágua, onde a
vinícola Errazuriz funciona até
hoje e dá ao seu vinho premium o nome de Dom Maximiano, em homenagem ao patriarca e pioneiro.
Em 1938, 108 mil hectares de
terras chilenas eram tomados
pelo cultivo de vinhas. Mas, no
ano seguinte, a imposição de
limites legais para a produção
de bebidas alcoólicas brecou a
indústria vinífera. Nessa época, o consumo interno da bebida desabou.
Para piorar, com a Segunda
Guerra Mundial, a exportação
de vinhos caiu a quase zero.
Foi na ditadura militar que a
indústria do vinho voltou a se
restabelecer. As exportações e
importações foram incentivadas. Enquanto importava maquinário e barris de carvalho,
o Chile exportava vinho e os filhos da aristocracia, que iam
estudar técnicas de vinificação
na Europa e nos EUA.
Quando, em 1990, o Chile viveu a redemocratização, as vinícolas já contavam com equipamento de ponta e enólogos
formados no exterior. Foi nessa época que a produção do
país cheio de vales ganhou ganhou espaço no mapa da vinicultura mundial.
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