No ano em que comemora 20 anos, o Carnatal acontece entre os dias 2 e 5 de dezembro, no largo do Machadão

Aproveite para passear de bugue pela praia de Genipabu e visitar o museu com o acervo que foi de Câmara Cascudo

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Natal (www.natal.rn.gov.br) antecipa a folia do Carnaval para a primeira quinzena de dezembro -e pula o Carnatal, uma das maiores festas do gênero.
Pólo turístico emergente do Nordeste e ensolarada 300 dias por ano, Natal tem voos diretos para a Europa e é dona de resorts modernos -como o Ocean Palace, o Sehrs e o Pestana- ao longo da via Costeira.
Bem turísticos, os passeios de bugue na praia de Genipabu e a noite nos barzinhos da praia de Ponta Negra se opõem em densidade cultural às visitas ao casarão do folclorista, historiador e etnólogo Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), na praça André de Albuquerque, 30, no bairro da Ribeira.
Memorial que reúne arte sacra, objetos indígenas, esqueletos e fósseis, foi residência do autodenominado "provinciano incurável" que, devotado à cultura popular, escreveu 150 livros, entre eles "Dicionário do Folclore Brasileiro".

PASSADO PRESENTE
Base militar dos EUA na Segunda Guerra (1939-1945), a capital potiguar foi a primeira cidade brasileira a engarrafar Coca-Cola.
A região foi possivelmente descoberta pelo espanhol Alonso de Hojeda, em 1499.
Estabelecida no longínquo ano de 1597, quando portugueses fundaram um povoado na planície arenosa próxima à foz do rio Potengi, Natal de fato virou uma vila num dia de Natal, em 25 de dezembro de 1599, sendo elevada à condição de cidade em 1611.
Até a ocupação lusa se consolidar, a região suscitou a cobiça de franceses, que, auxiliados por índios potiguares, contrabandeavam pau-brasil.
O forte dos Reis Magos, em forma de estrela, edificado de 1598 a 1628, é a construção mais antiga. Ela protegeu a cidade contra invasores franceses e holandeses -esses últimos o tomaram em 1633, mudando, até 1654, o nome da fortaleza para Keulen.
A capital potiguar se liga ao passado nas igrejas matriz Nossa Senhora da Apresentação (1694) e de Nossa Senhora do Rosário (1714).
Transformada em Centro de Turismo e em mercado de artesanato, o prédio da antiga Casa de Detenção também tem locais para comer.


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