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BAHIA PRIMITIVA
Rochas esculpidas e banho de mar recheiam o dia; em Cajaíba, embarcações são construídas sem esboço
Ilhotas convertem Camamu em grande tour
DO ENVIADO ESPECIAL A MARAÚ
Um passeio de barco pela baía
de Camamu percorre ilhas pequeninas e paradisíacas. Uma delas é
a da Pedra Furada, que ganhou o
nome por ter rochas escavadas
pela ação do tempo e da natureza
e que só pode ser visitada na parte
da manhã, antes de a maré subir e
abraçar a areia. Ela está a 30 minutos de barco de Barra Grande.
A próxima parada é a ilha do Sapinho, onde há um único restaurante, cujo garçom leva o cardápio até o barco turístico, para que
os visitantes façam seus pedidos.
As especialidades são a lagosta e o
guaiamum, além da pinga, produzida ali mesmo, servida para
"abrir o apetite".
Enquanto o almoço é preparado, o barco segue para um banho
de mar na ilha do Goió. Ali há
uma fonte e uma praia cristalina,
na qual se encontram aquários
naturais ideais para mergulho.
Após a boa refeição na ilha do
Sapinho, um passeio a pé pelo vilarejo local facilita a digestão.
Sem projeto
Talvez o ponto mais curioso da
baía de Camamu seja a pequena
Cajaíba, que, além das praias e da
tranqüilidade, tem um chamariz
único. Ali, os moradores constroem enormes embarcações, algo rústicas, que são bastante procuradas, principalmente por estrangeiros, por serem baratas
-apesar do tamanho.
O processo de construção impressiona, pois os homens fazem
os barcos sem que haja um projeto. Eles alegam que a técnica é antiga e que teria chegado ali com
piratas holandeses durante uma
invasão. As embarcações custam,
sem o motor, até R$ 300 mil.
(FERNANDO DONASCI)
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