São Paulo, quinta-feira, 05 de janeiro de 2006

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BAHIA PRIMITIVA

Rochas esculpidas e banho de mar recheiam o dia; em Cajaíba, embarcações são construídas sem esboço

Ilhotas convertem Camamu em grande tour

DO ENVIADO ESPECIAL A MARAÚ

Um passeio de barco pela baía de Camamu percorre ilhas pequeninas e paradisíacas. Uma delas é a da Pedra Furada, que ganhou o nome por ter rochas escavadas pela ação do tempo e da natureza e que só pode ser visitada na parte da manhã, antes de a maré subir e abraçar a areia. Ela está a 30 minutos de barco de Barra Grande.
A próxima parada é a ilha do Sapinho, onde há um único restaurante, cujo garçom leva o cardápio até o barco turístico, para que os visitantes façam seus pedidos. As especialidades são a lagosta e o guaiamum, além da pinga, produzida ali mesmo, servida para "abrir o apetite".
Enquanto o almoço é preparado, o barco segue para um banho de mar na ilha do Goió. Ali há uma fonte e uma praia cristalina, na qual se encontram aquários naturais ideais para mergulho.
Após a boa refeição na ilha do Sapinho, um passeio a pé pelo vilarejo local facilita a digestão.

Sem projeto

Talvez o ponto mais curioso da baía de Camamu seja a pequena Cajaíba, que, além das praias e da tranqüilidade, tem um chamariz único. Ali, os moradores constroem enormes embarcações, algo rústicas, que são bastante procuradas, principalmente por estrangeiros, por serem baratas -apesar do tamanho.
O processo de construção impressiona, pois os homens fazem os barcos sem que haja um projeto. Eles alegam que a técnica é antiga e que teria chegado ali com piratas holandeses durante uma invasão. As embarcações custam, sem o motor, até R$ 300 mil.
(FERNANDO DONASCI)


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