São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2009

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Antes de virar um deserto, Uyuni era mar

DA REDAÇÃO

Ventos constantes e intensos batendo sobre rochas, em uma região seca e sem chuvas. É em cenários como esse que se formam os desertos arenosos, como o de Atacama.
"Chamamos o processo de desgaste das rochas com a ação do vento de erosão eólica", diz Paulo Roberto Meneses, professor de geologia da UnB (Universidade de Brasília).
Já com os desertos de sal, os protagonistas não são os ventos e as rochas, mas o mar, as movimentações do solo e o calor.
O que hoje é o deserto de Uyuni já foi um braço do oceano Pacífico. Sempre propícia a terremotos, a região passou por deslocamentos de placas tectônicas que acabaram erguendo cadeias de montanhas. "Elas então aprisionaram a água, deixaram-na sem saída", explica Meneses.
Com o calor, e sem ter para onde correr, os lagos de água salgada se evaporaram lentamente. Sobrou o sal. Virou deserto.


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