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HOTELARIA
Em visita a São Paulo, presidente para as Américas do InterContinental fala sobre importância do Brasil no setor
Grupo deve abrir 14 hotéis no país em 2 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
E FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Grupo InterContinental
(www.ichotelsgroup.com), com
16 hotéis no Brasil, planeja construir mais 14 deles no país em dois
anos. A informação é do presidente para as Américas do grupo,
Steve Porter, que esteve no Brasil
na semana passada para inaugurar o Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo, o maior hotel da
América Latina, com 780 quartos.
No Brasil, o grupo tem hotéis
das marcas InterContinental,
Crowne Plaza, Staybridge Suites,
Holiday Inn e Holiday Inn Express. Esta última, do segmento
supereconômico, tem unidades
em Curitiba e Maceió e deve chegar a São Paulo até o fim do ano.
Porter falou à Folha sobre a rede
e a importância estratégica do
mercado brasileiro para o grupo.
(MARISTELA DO VALLE E MARISTEL ALVES DOS SANTOS)
Folha - Qual é o maior grupo hoteleiro no mundo atualmente?
Steve Porter - Em termos de número de países e de número de
quartos, seria o InterContinental.
Nós temos 3.500 hotéis e 535 mil
quartos em cem países.
Folha - E em faturamento?
Porter - Em vez de pensar qual é
o maior, vamos pensar nas famílias dos grandes hoteleiros do
mundo: InterContinental, Marriott, Hilton, Hilton International,
Accor, Starwood e Choice.
Folha - Qual é o faturamento do
grupo InterContinental hoje?
Porter - Em 2003, foi US$ 2,5 bilhões. Se incluíssemos o faturamento das franquias (nesse total
só entra a taxa de franquia), chegaríamos a US$ 6,5 bilhões.
Folha - Qual região do mundo
mais cresce em hotelaria?
Porter - A minha [risos]. As
Américas. A nossa é a melhor e a
maior. Mais bonita, mais simpática. Para a empresa, a região das
Américas é a que cresce mais rapidamente. Nós temos também um
programa de freqüência para nossos hóspedes, o Priority Club,
com 18 milhões de associados.
Folha - E dentro das Américas,
qual é a região que mais cresce ?
Porter - Os EUA, porque, em hotelaria, têm o mercado mais poderoso do mundo. Ali há uma enorme concentração populacional,
onde todos falam o mesmo idioma.
Folha - Qual a importância do
Brasil?
Porter - O Brasil é muito importante. Excluindo o México, temos
58 hotéis na América Latina. Destes, 16 estão no Brasil e temos um
projeto para abrir mais 14 hotéis
no país nos próximos dois anos. O
Brasil é importante por três motivos: há muitas viagens entre os
EUA e o Brasil; queremos aproveitar o relacionamento do Brasil
com a Argentina e o Chile; e aqui
há uma comunidade japonesa
grande e isso nos dá sinergia com
os hotéis da Ásia-Pacífica.
Folha - O grupo deve investir em
hotéis supereconômicos no Brasil?
Porter - Absolutamente sim. Inventamos esse segmento no setor.
Nossa primeira marca desse tipo
foi o Hampton Inn, hoje de propriedade do Hilton, e a segunda, o
Holiday Inn Express, que é nosso.
[Há um Holiday Inn Express em
Curitiba, outro em Maceió e neste
ano deve ser aberto um em Perdizes, com 63 quartos].
Folha - Muitos hotéis são abertos
em São Paulo. Há lugar para todos?
Porter - Certamente.
Folha - Mas este [Holiday Inn Parque Anhembi] é muito grande...
Porter - Sim, é bem grande. Nós
temos tido sinais do mercado excelentes para esse empreendimento. Temos no hotel centro de
convenções e teatro. E, nas vizinhanças, há o Centro de Convenções Anhembi e o sambódromo.
Então ele vai gerar uma nova demanda no mercado e ao mesmo
tempo aproveitar a que já existe.
Folha - Você representa muitos
hotéis em São Paulo. Em qual deles
você vai dormir nesta noite?
Porter - No InterContinental
[segmento de luxo do grupo].
Folha - É o seu favorito?
Porter - Acabei de vir do Holiday
Inn Select Jaguará [inaugurado
no início deste ano]. É impressionante. Foi construído originalmente em 1954 e tem um mural
restaurado ["Os Bandeirantes",
de Clóvis Graciano]. Mas eu tenho 3.500 hotéis favoritos.
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