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Internacional
Turismo, em queda no Haiti, já foi pilar da sua economia
EM BAIXA: Manifestações violentas do último mês de abril afastaram visitantes
do país, que agora quer mostrar que há muito a ser descoberto além de Porto Príncipe
Ariana Cubillos - 27.mar.08/Associated Press
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Jovens observam vista do forte Citadelle Laferrière, construído no séc. 19 e considerado um dos mais impressionantes do mundo
DA ASSOCIATED PRESS
Os violentos protestos de rua
contra o aumento dos preços
dos alimentos -que resultaram em pelo menos sete mortes e centenas de feridos no último mês de abril- minguaram
as expectativas por bons números da indústria do turismo no
Haiti para este ano.
A mais recente avaliação da
OMT (Organização Mundial do
Turismo) mostra que o turismo
no país aumentou menos de 5%
em relação a 2005.
Enquanto isso, a vizinha República Dominicana recebe cada vez mais turistas. São milhões de visitantes em seus resorts, o que resulta na entrada
de cerca de US$ 3,5 bilhões,
anualmente, no país.
A despeito dos altos índices
de criminalidade, na Jamaica o
setor também vai bem, recebendo US$ 2 bilhões por ano,
ainda de acordo com o órgão.
A situação do Haiti começa a
levar as pessoas para longe da
capital, em direção ao interior.
"Porto Príncipe é o inferno.
Mas o Haiti é mais do que Porto
Príncipe e há muitos lugares
que ainda precisam ser descobertos", ressalta o empresário
Jean M. Buteau.
O turismo já foi o pilar da
economia haitiana. Isso, durante os quase 30 anos das ditaduras de François Duvalier
(1907-1971) e de seu filho,
Jean-Claude Duvalier.
Depois veio a epidemia de
Aids. As praias se esvaziaram.
Hotéis históricos, antes freqüentados por Mick Jagger e
Jackie Onassis, também.
Em 2004, a rebelião sangrenta que derrubou o presidente
Jean-Bertrand Aristide também afastou os turistas.
Antes das manifestações do
último mês de abril, tudo indicava que o país veria em breve
uma retomada neste setor.
Cerca de 9.000 membros das
Nações Unidas patrulhavam o
país e a Royal Caribbean havia
anunciado em fevereiro gastos
de US$ 25 milhões para a expansão do píer para a adequação da costa a navios maiores.
Parte dos US$ 270 milhões
em investimentos anunciados
pelo Ministério do Turismo no
começo do ano eram voltados
ao forte Citadelle Laferrière.
Ele foi erguido entre 1805 e
1820, para defender o Haiti das
invasões francesas.
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