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internacional
Mesquita no Cairo passa por restauração
ATRAÇÃO Templo fica na região da cidade velha, que concentra monumentos islâmicos; projeto custou US$ 1,4 milhão
DA ASSOCIATED PRESS
O resultado da restauração
de uma mesquita de 650 anos
na região da cidade velha do
Cairo foi revelado na semana
passada como parte de um esforço para revitalizar o bairro e
incrementar o turismo nos locais islâmicos do país.
O projeto de três anos consumiu US$ 1,4 milhão para restaurar a mesquita Aslam al Silahdar, construída entre 1344 e
1345 por Aslam al Bahai, um
nobre que alcançou a posição
de "silahdar" (portador da espada) do sultão al-Nasir Mohammed.
O prédio está no distrito al
Darb al Ahmar, um bairro populoso cheio de vielas empoeiradas. Muitos de seus 92 mil
habitantes estão entre os mais
pobres do Egito, vivendo com
menos de US$ 1 por dia, segundo a Agência Canadense de Desenvolvimento, que trabalha na
comunidade.
A vizinhança também é cheia
de antiguidades -um monumento islâmico a cada cerca de
20 metros, dos primeiros dias
do Cairo no século 11 até tempos mais modernos.
A área "é comparável com
Roma" em termos de monumentos, afirmou Luis Monreal,
gerente-geral do Fundo Agha
Khan para Cultura, uma agência da Rede de Desenvolvimento Agha Khan, que dirigiu os
trabalhos de renovação da mesquita.
Uma série de doadores americanos contribuíram com os
trabalhos de conservação da
mesquita, incluindo o Centro
de Pesquisa Americano no Egito, com doação da Usaid (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional).
A mesquita Aslam foi refeita
do chão ao teto. Lustres iluminam os arcos em estilo islâmico
e o chão de pedra. No exterior
do prédio, uma elegante caligrafia árabe em verde e preto
adornam a base do domo da
mesquita. Uma praça que fica
ao lado da mesquita também
foi renovada.
Muitos mausoléus, mesquitas e escolas islâmicas no bairro
foram dilapidadas e estão em
péssimo estado após décadas
de negligência. Até recentemente, o governo egípcio fazia
pouco para encorajar o turismo
nessa área da cidade, e a maioria dos visitantes estrangeiros
ignoravam a região em favor de
locais faraônicos, como as pirâmides de Gizé.
Dina Bakhoum, gerente dos
programas de conservação do
fundo Agha Khan, afirmou que
al Dar al Ahmar "tem potencial
para se tornar uma das maiores
atrações do Cairo".
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