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DE VOLTA A NY
Parque de diversões pode fechar depois de 45 anos nos EUA
Venda do terreno onde fica o Astroland, tradicional atração de Coney Island, ameaça seu funcionamento
DA ASSOCIATED PRESS
O parque de diversões Astroland, ícone de Coney Island,
Nova York, pode fechar as portas de uma vez por todas no
próximo domingo depois de 45
anos em atividade.
Sua proprietária, Carol Albert, vendeu o local em novembro. Discussões para manter o
Astroland aberto por mais um
ano acabaram sem sucesso.
Agora, ela espera por um acordo de última hora para abrir o
parque na temporada de 2008.
"Eu tenho de ser otimista",
disse Albert, enquanto as multidões do verão enchiam o parque. "Você poderia chamar de
negação, mas estamos com certeza atingindo um ponto de onde não há retorno. Originalmente, pensei que estávamos
fechando para sempre, depois,
para a estação. Não sei para que
estamos fechando agora."
O Astroland ocupa um terreno de 12.500 m2 da construtora
Thor Equities, que gastou mais
de US$ 100 milhões para comprar cerca de quatro hectares
de Coney Island, esperando
tornar a área uma atração turística de US$ 2 bilhões.
Embora o aluguel termine
no fim de janeiro, Albert afirma
que um novo acordo seria necessário antes do final de setembro. "No que diz respeito a
vender meus brinquedos, e se
eu vou deixar a propriedade
limpa, não sei o que dizer."
De acordo com Albert, a oferta em questão iria aumentar
seu aluguel anual de US$ 180
mil para US$ 3 milhões. A
construtora Thor, sem citar
números, afirmou que a soma é
menor. Segundo Albert, as
duas partes estão sem contato
há duas semanas.
A Thor não se pronuncia sobre suas negociações. Mas a
companhia emitiu um comunicado prometendo que, "em
2008, 2009, 2019 e além, haverá diversões para serem aproveitadas por residentes, turistas e quem quiser aproveitar
tudo o que Coney Island tem
para oferecer". Ainda que isso
não inclua o Astroland e seus
370 empregados.
Albert não está só em sua esperança de uma extensão para
o funcionamento do Astroland.
Funcionários da cidade, ao
mesmo tempo em que reconhecem que as negociações são
entre locador e locatário, estão
ansiosos para ver o parque
aberto por mais um "Labor
Day" (feriado americano do
Dia do Trabalho, na primeira
segunda-feira de setembro).
Brian Gotlieb, morador de
Coney Island há 22 anos, deu o
pontapé inicial de um abaixo-assinado em agosto apoiando
Albert. Cerca de 2.500 pessoas-incluindo algumas do
Canadá, da Inglaterra e da Itália- assinaram o pedido para
salvar o Astroland. "Eu, como
muitos outros, tenho memórias maravilhosas de Coney Island e do Astroland", disse Gotlieb. "É um ícone para a comunidade, e não deveria ser mandado para a história."
No verão passado, a Thor
apressou planos de incluir
apartamentos e condomínios
de luxo como parte de seu esforço de renovar o desenvolvimento local, se curvando a reclamações. Gotlieb sugere que
fechar o Astroland daria mais
munição aos críticos. "A situação só está aumentando o sentimento negativo", diz Gotlieb.
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