São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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DE VOLTA A NY

Parque de diversões pode fechar depois de 45 anos nos EUA

Venda do terreno onde fica o Astroland, tradicional atração de Coney Island, ameaça seu funcionamento

DA ASSOCIATED PRESS

O parque de diversões Astroland, ícone de Coney Island, Nova York, pode fechar as portas de uma vez por todas no próximo domingo depois de 45 anos em atividade.
Sua proprietária, Carol Albert, vendeu o local em novembro. Discussões para manter o Astroland aberto por mais um ano acabaram sem sucesso. Agora, ela espera por um acordo de última hora para abrir o parque na temporada de 2008.
"Eu tenho de ser otimista", disse Albert, enquanto as multidões do verão enchiam o parque. "Você poderia chamar de negação, mas estamos com certeza atingindo um ponto de onde não há retorno. Originalmente, pensei que estávamos fechando para sempre, depois, para a estação. Não sei para que estamos fechando agora."
O Astroland ocupa um terreno de 12.500 m2 da construtora Thor Equities, que gastou mais de US$ 100 milhões para comprar cerca de quatro hectares de Coney Island, esperando tornar a área uma atração turística de US$ 2 bilhões.
Embora o aluguel termine no fim de janeiro, Albert afirma que um novo acordo seria necessário antes do final de setembro. "No que diz respeito a vender meus brinquedos, e se eu vou deixar a propriedade limpa, não sei o que dizer."
De acordo com Albert, a oferta em questão iria aumentar seu aluguel anual de US$ 180 mil para US$ 3 milhões. A construtora Thor, sem citar números, afirmou que a soma é menor. Segundo Albert, as duas partes estão sem contato há duas semanas.
A Thor não se pronuncia sobre suas negociações. Mas a companhia emitiu um comunicado prometendo que, "em 2008, 2009, 2019 e além, haverá diversões para serem aproveitadas por residentes, turistas e quem quiser aproveitar tudo o que Coney Island tem para oferecer". Ainda que isso não inclua o Astroland e seus 370 empregados.
Albert não está só em sua esperança de uma extensão para o funcionamento do Astroland. Funcionários da cidade, ao mesmo tempo em que reconhecem que as negociações são entre locador e locatário, estão ansiosos para ver o parque aberto por mais um "Labor Day" (feriado americano do Dia do Trabalho, na primeira segunda-feira de setembro).
Brian Gotlieb, morador de Coney Island há 22 anos, deu o pontapé inicial de um abaixo-assinado em agosto apoiando Albert. Cerca de 2.500 pessoas-incluindo algumas do Canadá, da Inglaterra e da Itália- assinaram o pedido para salvar o Astroland. "Eu, como muitos outros, tenho memórias maravilhosas de Coney Island e do Astroland", disse Gotlieb. "É um ícone para a comunidade, e não deveria ser mandado para a história."
No verão passado, a Thor apressou planos de incluir apartamentos e condomínios de luxo como parte de seu esforço de renovar o desenvolvimento local, se curvando a reclamações. Gotlieb sugere que fechar o Astroland daria mais munição aos críticos. "A situação só está aumentando o sentimento negativo", diz Gotlieb.


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