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Vista aérea da eclusa Miraflores, a mais próxima da saída do canal para o oceano Atlântico; ali acontece uma apresentação que explica o funcionamento do sistema todo

A primeira impressão que se tem ao desembarcar no Panamá é familiar ao brasileiro que mora em grandes cidades: insegurança.
Assim como nos centros urbanos brasileiros, a violência pode ser sentida nas reações da população, que se esconde por trás de portas fechadas. Nos city tours, os guias avisam: "Por favor, não abram os vidros, para a sua própria segurança".
Logo na saída do aeroporto internacional de Tocumen, na capital, Cidade do Panamá, avistam-se automóveis importados, com películas escuras nos vidros.
Como acontece no Brasil, esse é um dos fatores que afastam os turistas da cidade, também chamada de Panama City.
Mas o brasileiro e outros latinos já sabem que não dá para se privar de diversão por conta da insegurança. E a noite panamenha não decepciona o visitante.

Petiscos e bugigangas
Passear pela Amador Causeway (ou calçada Amador) e testar um bom restaurante é uma dobradinha certeira na cidade.
A comida típica do país pode ser saboreada no bairro comercial local. O Barandas, o Las Tinajas e o El Trapiche são alguns dos melhores endereços.
Quem gosta de frutos do mar deve colocar na lista de lugares a visitar o Café Barko, o Marbella, o Siete Mares e o recém-inaugurado Pencas -regado a músicas latina e típica panamenha ao vivo, como salsa e merengue.
Nos restaurantes, a conta varia, em média, de US$ 10 a US$ 30 por pessoa. Já lanches leves custam de US$ 3 a US$ 5.
Os amantes de eletroeletrônicos vão se apaixonar pela cidade. Câmeras fotográficas, digitais ou analógicas, telefones, discmans e outras bugigangas têm preços pelo menos 50% mais baixos em relação aos vigentes no Brasil. Tênis de marcas famosas também são uma pechincha. O centro comercial Los Pueblos, a 20 minutos do aeroporto, é um bom lugar para rechear as sacolas de compras.

Engenharia
Os pontos turísticos são poucos, mas valem a viagem. Em apenas um dia, é possível conhecer as ruínas de La Vieja, onde funcionava a antiga alfândega, a calçada Amador, Casco Viejo (uma cidade colonial), a vila militar -agora civil e antes ocupada pelas Forças Armadas dos EUA- e a ponte das Américas.
Mas o principal cartão-postal é a eclusa de Miraflores, local que concentra gente do mundo todo interessada em ver uma maravilha da engenharia moderna: o canal do Panamá. Empreitada tocada pelos EUA, o canal precisou da força de 75 mil trabalhadores para ser construído, a um custo de US$ 387 milhões.