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PARÁ
Refeição paraense amplia vocabulário do comensal
Palavras como tucupi, tacacá, jambu e maniçoba são aprendidas em meio a bocados que eletrizam a boca
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BELÉM
A maior delícia de uma viagem a Belém é, literalmente, a
culinária local, motivo de curiosidade e deleite de quem visita a região.
Com raízes que remetem à
cultura indígena e abundância
de ingredientes da floresta
amazônica, uma refeição em
Belém amplia o vocabulário de
palavras, sabores e aromas de
quem a prova.
O prato mais famoso é o pato
no tucupi. O tucupi é um caldo
fino e amarelado extraído da
mandioca brava, versão envenenada da mandioca normal.
A esse caldo acrescenta-se pimenta e jambu, uma erva prima
do agrião que causa dormência
na boca. O pato no tucupi é
acompanhado de arroz branco,
farinha-d'água de mandioca e
pimenta-de-cheiro.
Maniva
A maniçoba é conhecida como a feijoada paraense. É preparada com as folhas da maniva
moídas e cozidas por uma semana -esse processo retira o
venenoso ácido cianídrico presente nas folhas.
Acrescentam-se às folhas cozidas carnes bovinas e suínas,
como bucho, paio e toucinho. O
resultado é um prato potente,
de sabor forte e inesquecível.
Para acompanhar, o mesmo do
pato: arroz, farinha de mandioca e pimenta.
Nos finais de tarde, a pedida é
parar numa das muitas tradicionais tacacazeiras espalhadas
pelas ruas e praças da cidade.
É nessas bancas que o turista
encontra a síntese da culinária
paraense. O tacacá é servido
muito quente em cuias. É um
caldo feito de tucupi, jambu,
goma da mandioca e camarões.
O sabor é absolutamente diferente de tudo que um não-paraense já provou na vida.
Para provar essas e outras receitas da culinária paraense
preparadas com conhecimento
de causa e doses de ousadia, o
melhor endereço é o do Lá em
Casa, sob o comando do chef
Paulo Martins.
Fora da cidade, para um almoço no meio da floresta, pegue um barco para a ilha do
Cumbu, do outro lado do rio
Guamá. Na entrada de um igarapé fica o Saudosa Maloca,
restaurante que serve peixes da
região em receitas típicas, como postas de filhote ao tucupi e
pirarucu ao leite de coco.
Refresco
Pelas ruas da cidade, quando
o calor começa a esgotar as
energias do visitante, quando
avistar um quiosque da sorveteria Cairu -são onze unidades
na cidade-, pare. O calor é tamanho e a variedade de sabores
é tanta que esse pode ser o melhor momento da tarde.
Nos balcões, há cerca de 70
sabores -muitos dos quais
com nomes como murici, bacuri e taperebá. Peça para provar
antes de escolher. Cada bola de
sorvete custa R$ 2,70.
(PEDRO CARRILHO)
LÁ EM CASA
Av. Gov. José Malcher, 247, tel. 0/
xx/91/3242-4222 e Estação das
Docas, tel. 0/xx/91/3212-5588
www.laemcasa.com.br
CAIRU
Há 11 unidades, entre elas, na Estação das Docas e na travessa 14 de
Março, 1.570
Tel.: 0/xx/91/3242-2749
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