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Murais são destaque
México tem arte rica em cores e tema popular
CHIAKI KAREN TADA
da Redação
A arte mexicana tornou-se conhecida principalmente com os
trabalhos de forte cunho nacional
de muralistas como Diego Rivera
e José Clemente Orozco e com as
pinturas de cores fortes e repletas
de dor de Frida Kahlo. É uma arte
que nunca perdeu as raízes, dona
de um colorido específico e que se
tornou possível no novo México
surgido após a revolução de 1910.
Frida Kahlo (1907-1954) esbanjou audácia em suas obras e em
sua vida e é hoje um dos nomes
mais importantes da arte latino-americana. Em 1995, seu "Auto-Retrato com Macaco e Papagaio"
foi vendido por US$ 3,2 milhões,
recorde de leilão de obras latino-americanas. Em 1998, a artista
inspirou uma coleção do estilista
Jean-Paul Gautier.
Kahlo teve um casamento tumultuado com Diego Rivera
(1886-1957), que, ao lado de José
Clemente Orozco (1863-1949) e de
David Alfaro Siqueiros (1896-1974), formou um lendário trio
que criou o muralismo mexicano.
Os três receberam a incumbência, na década de 20, de decorar
edifícios públicos com temas que
glorificassem a revolução e a história pré-colonial do México. O
resultado teve muito êxito.
Rivera é conhecido por seu tratamento de temas heróicos, mas
também pela sua representação
da vida diária do camponês. Em
Orozco, os murais têm como tema a vida e as lutas mexicanas.
Siqueiros, o mais politicamente
ativo dos três, tem por elementos
característicos as perspectivas
exageradamente dramáticas, as
figuras robustas e o surrealismo.
Dentre os artistas posteriores,
destaca-se Rufino Tamayo (1899-1991), que, ao contrário dos muralistas, que viam a arte a serviço das
causas revolucionárias, defendia a
arte como algo universal.
Desde os anos 60, os jovens pintores mexicanos têm sido influenciados também pelas tendências
de outros países.
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