São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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Biblioteca de Nixon ganha mostra fiel aos fatos históricos

Exibição anterior foi criticada por informar por anos que o escândalo que derrubou o presidente foi "golpe"

Nova exposição, que custou US$ 500 mil, foi anunciada como livre de julgamento político e leal aos acontecimentos
DA ASSOCIATED PRESS

A história foi restaurada na Biblioteca Richard Nixon (www.nixonlibrary.gov), em Yorba Linda, Califórnia (EUA), onde a exibição sobre o caso Watergate informou os visitantes por décadas de que o escândalo que levou à renúncia do presidente que batiza o local foi, na verdade, "um golpe" de seus rivais.
Durante anos a mostra da biblioteca que retraça a saga de Nixon foi ridicularizada, criticada por omissões e edições que, segundo acadêmicos e críticos, configuravam um legado favorável ao 37º presidente dos EUA.
Na semana passada, foi aberta uma versão renovada da mostra, que custou US$ 500 mil e foi anunciada como fiel aos fatos, balanceada e livre de julgamentos políticos.
Parte do material nunca tinha sido exposto, incluindo entrevistas, entre outros, com um ladrão do Watergate, G. Gordon Liddy, e o assessor de Nixon, Charles Colson, que passou sete meses na prisão em 1975 por crimes relacionados ao caso.
A abertura da mostra é um marco para a biblioteca, com sua história conturbada, marcada por relações difíceis entre os leais a Nixon e os Arquivos Nacionais, órgão que supervisiona o sistema de bibliotecas presidenciais e passou a gerir o local em 2007.
Quando a biblioteca abriu, em mãos privadas, em 1990, Stephen E. Ambrose, biógrafo de Nixon, escreveu que trechos na fita editada do Watergate "iriam quase convencer o ouvinte de que Nixon jamais ordenou o acobertamento do caso ou pagamento para silenciar [envolvidos]".


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