Fundada em 1772, Veuve Clicquot tem roteiro de visita que mostra a produção do espumante por 7,50

DO ENVIADO À FRANÇA E À BÉLGICA

Para quem é apreciador de champanhe, um programa imperdível em Reims é conhecer uma das grandes fabricantes do produto sediadas na cidade. Várias delas oferecem tours guiados às suas caves.
A Folha participou de visita à Veuve Clicquot Ponsardin, uma das marcas de champanhe mais tradicionais, fundada em 1772. O programa custa 7,50 (em torno de R$ 20) por pessoa e dura pouco mais de uma hora. A sede da companhia fica localizada a dez minutos a pé da basílica de Saint-Rémi.
No início do passeio, fica-se sabendo que o champanhe da casa é feito a partir do mosto de três tipos de uvas: pinot noir e pinot meunier, variedades de uva preta com suco branco, e chardonnay, uma uva branca.
Cabe aos enólogos encontrar a cada ano a proporção ideal para recriar o estilo típico da marca em cada tipo de champanhe -brut, meio-seco, rosé, etc. Mas o predomínio na mistura é sempre da pinot noir.

Galerias subterrâneas
Além de conhecer a história de Barbe Nicole Ponsardin, a empreendedora viúva de François Clicquot que dá nome à marca, o visitante é levado a conhecer uma pequena parte das galerias subterrâneas onde fica armazenada toda a produção.
Ao todo, são 24 km de túneis, mantidos à temperatura média de 10C. É recomendável levar um agasalho, portanto.
Lá embaixo, a guia mostra uma criação da viúva que ajudou tremendamente o desenvolvimento do champanhe. Até então, os resíduos da segunda fermentação da bebida permaneciam na garrafa, turvando o líquido. Madame Clicquot inventou então uma mesa com buracos nos quais as garrafas permaneciam inclinadas, com o gargalo virado para baixo.
Isso possibilitou os processos de "remuage" -girar a garrafa para que os resíduos se acumulem no gargalo- e "dégorgement", em que as impurezas que ficam no gargalo são removidas do recipiente. A partir daí, o champanhe ganhou um aspecto muito mais límpido, impulsionando o negócio para todos os fabricantes.
Ao final, o visitante é convidado a uma degustação, claro, na loja de suvenires.
Confira ao lado endereços de outras caves na região de Reims e Épernay. (MÁRIO MOREIRA)


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