São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2006

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Floresta das Ardenas remete a ilustrações de livros de contos de fada

DO ENVIADO À FRANÇA E À BÉLGICA

Um programa imperdível para quem está hospedado em Spa é passear de carro pelas redondezas, onde o contato com a natureza proporciona uma sensação de grande bem-estar.
Saindo da cidade pela rodovia N62, o motorista dirige por cerca de 3 km até chegar a uma encruzilhada onde fica a fonte da Sauvenière. Nesse ponto, pode-se virar na Route de Sources (rota das fontes), à esquerda, ou para o caminho que leva à fonte da Géronstère, à direita.
Virando à esquerda ou à direita, não importa: você logo vai ter vontade de encostar o carro e simplesmente sair caminhando pelas "promenades", em meio a bosques seculares.
O cenário parece saído das ilustrações de livros de histórias infantis. Árvores altíssimas, mais espaçadas entre si que nas florestas tropicais, formam um caminho cheio de luzes e sombras, conforme os raios solares passam (ou não) pelos galhos mais altos. Pelo chão, cogumelos de cores e formas variadas se misturam às raízes e às folhas caídas.
Não fica difícil imaginar que na próxima clareira se avistará a casa dos Sete Anões, ou que numa curva do caminho veremos a Chapeuzinho Vermelho pela estrada afora, com o Lobo Mau passeando ali por perto.
O programa aqui é andar sem pressa, observando a natureza, ouvindo o farfalhar das folhas sob os pés e respirando o ar puro da floresta das Ardenas.

"Teto" da Bélgica
Um roteiro mais completo inclui inevitavelmente o platô das Hautes Fagnes, a porção mais elevada das Ardenas, onde se localiza o ponto culminante da Bélgica, o Signal de Botrange, a apenas 694 m de altitude.
Chega-se até lá pela própria rodovia N62, passando por Francorchamps e continuando depois pela N68 a partir de Malmédy. A sinuosa estrada conduz, no ponto mais elevado, a um pequeno centro de informações turísticas. Dali, cruzando a pé a rodovia, segue-se por um caminho margeado de pinheiros que leva a um mirante.
A vista aqui é bem diferente das partes mais baixas das Ardenas, mas igualmente bela. Varrido pelo vento, o descampado é interrompido aqui e ali ora por grupos de arbustos, ora por pequenos bosques. A fauna e a flora são típicas da região, o que levou o governo belga a tornar as Hautes Fagnes uma unidade de conservação natural.
(MÁRIO MOREIRA)


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