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nas bancas
Folha lança hoje a coleção Guias 10+
NOVA SÉRIE > Cada livro custa R$ 12,90, ao todo, são dez exemplares, que chegam às bancas hoje; leia sobre o guia de Paris
OS "GUIAS Folha Turismo 10+" chegam hoje às bancas de todo o Estado de São Paulo. Cada exemplar custa 12,90. São dez guias de bolso, sobre as principais atrações turísticas de Nova York, Paris, Barcelona, Lisboa, Londres, Madri, Orlando, Munique, Roma e São Francisco. Leia, abaixo, sobre o volume dedicado a Paris.
JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL
Qualquer cidade rica em história e monumentos é mais ou
menos como uma enciclopédia.
Qualquer verbete é uma boa
porta de entrada. Isso vale para
verbetes com a predominância
de textos ou para aqueles que
valorizam as imagens.
Os "Guias Folha Turismo
10+" tomaram o partido da
imagem. É uma tendência que
satisfaz o perfil atual dos turistas, imersos em uma cultura
em que a informação visual é
mais relevante que as informações históricas ou estéticas.
Dentro dessa "nova cultura"
do turismo, o guia sobre Paris é
muitíssimo bom. Valoriza o
que é considerado importante.
E relega a um segundo plano
detalhes sobre os quais o leitor-usuário dificilmente será cobrado ao voltar de viagem.
Alguns exemplos. Caso ele visite o cemitério Père Lachaise,
saberá pelo guia 10+ que lá estão sepultados Jim Morrison,
do conjunto The Doors, os escritores Marcel Proust e Oscar
Wilde (morreu no exílio francês por ter sido condenado no
Reino Unido por homossexualismo), ou a cantora Edith Piaf.
Mas o guia omite mortos
ilustres, como a atriz Sarah
Bernhardt, o escritor Honoré
de Balzac, Abelardo e Heloísa
(amantes do século 12), o compositor Georges Bizet ou o filósofo Auguste Comte.
A verdade é que hoje o turista
dispensa a profusão de detalhes
que podem confundi-lo.
Há boas surpresas em termos
culturais. É bem verdade que o
Louvre abriga a Monalisa, de
Leonardo da Vinci. Mas esse
guia 10+ destaca também "A
Balsa da Medusa", de Géricault,
imenso quadro louvado por especialistas do romantismo e
que apenas de alguns anos para
cá se tornou uma peça com o
estatuto de celebridade.
O museu d'Orsay, especialista em pinturas e esculturas a
partir do final do século 19, traz
obviamente os impressionistas. E a explicação sobre essa
escola é sinteticamente correta. Diz o que é preciso dizer.
Se comparado a publicações
semelhantes, esse guia 10+ tem
a vantagem de não trazer apenas pontos turísticos nos distritos internos parisienses. Ele
tem uma apresentação temática. Traz, por exemplo, capítulo
sobre os romances que têm Paris como cenário, parques e jardins em uma seção, idem para
os locais de cultos religiosos.
Por fim, o guia 10+ é exemplar com relação aos serviços.
Os mapas são detalhados. Há
indicações de restaurantes perto de monumentos. São excelentes as dicas de transportes,
segurança, acesso a deficientes.
As recomendações de hotéis levam em conta preço e até a paisagem da janela dos quartos.
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