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CORES DA CIDADE
Comportamento pode ser comparado ao dos franceses descrito por aristocrata italiano no século 17
Cordialidade não é a tônica entre os nova-iorquinos
DO ENVIADO ESPECIAL A NY
Um colunista do "New York
Times" observou recentemente que Nova York é a única cidade no mundo onde é possível
ser deliberadamente atropelado na calçada por um pedestre.
Lorenzo Magalotti, um aristocrata italiano do século 17,
que viajava pelas cortes européias, escreveu o seguinte comentário sobre espanhóis e
franceses: "A característica do
espanhol consiste em adorar a
si mesmo, aquela dos franceses,
no tratar mal o companheiro.
Essa é mais intolerável que a
primeira, contra a qual tem defesa: se atribuímos ao espanhol
mais méritos do que merece,
ele passa a gostar de nós; entretanto, se nos abaixamos a tentar comprazer o francês, ele esquenta mais e nos maltrata
mais ainda".
A defesa contra o francês
consistiria em maltratá-lo na
dose certa; dessa maneira ele
passa a ter estima, pois aprecia
o bom espírito, até quando vai
contra ele.
O espanhol não mudou e há
muitos na cidade (o sobrenome
mais comum em Nova York é
Rodriguez).
Basta substituir o francês da
frase de Magalotti pelo resto
dos cidadãos para que essa definição caiba como uma luva (de
boxe) aos nova-iorquinos que
se encontram na rua.
Com uma diferença, porém.
Se o francês sempre foi assim, o
habitante de Nova York não
nasceu necessariamente mal-humorado.
"Todo dia -ecoa Nelson
Motta em "Nova York É Aqui"
(editado em 1997)-, vem gente
do mundo inteiro e de todas as
partes dos Estados Unidos para
Nova York para "fazer a América" como tantos iguais a eles fizeram. Certamente eles não
vêm com cordialidade e bom-mocismo. E aí o pessoal acostuma com o estilo e assim a coisa
vai e chega ao que é."
(VINCENZO SCARPELLINI)
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